A funda e a vidraça.
A
imbecilidade secular, recorrente,
fazendo
movimento;
os
usos e a realidade semovente
em
péssimo movimento.
Milênios
de experiência,
mas
cheio de pretextos e estultice,
acima
de qualquer ciência,
fazendo
impérios de burrice.
A
pretensa inteligência
de
países seculares,
cheios
de tanta arrogância,
mulas
de carga em tetos espetaculares?
Rusgas
anteriores
nada
ensinam,
sina
de povos sofredores,
todos
perdedores que nada levam.
Foguetes
da morte civil,
a
maldade voadora sem nada de positivo,
quem
é o forte imbecil?
O
ego ativo!
Há
o fácil disparar,
ódio
secular,
o
povo que se vá se danar!
Quem
vai desatar o nó górdio nesse matar?
Houve
e há vencedores e/ou só perdedores?
Quem
vai reagir?
Não
há nem o houve ganhadores;
Só
o lamento de quem agir.
Drones
de lá e de cá
cigarras
noturnas e vampiros mortais,
os
danos diurnos,
as
tropas esvoaçantes e seus golpes fatais.
Guerras
de palavras e vaidades,
líderes
de todos os tempos aloucados,
péssimas
mentes fazendo realidades;
de
onde vem esses pretensos amalucados?
E
o povo local se apressa e se amassa,
na
contagem de mortos que a TV descora,
o
líder posa
para
o reino onde mora.
Palavras
de efeito,
guerra
de termos e bazófias,
nada
é perfeito
valem
as discutíveis filosofias.
Sempre
uma grande e cara palhaçada;
a
Humanidade em momentos confusos;
até
quando a vidraça quebrada
aguentará
os custos de internos erros e usos?
O
anacrônico niilismo em alta,
começar
tudo da areia;
uma
escolha em pauta,
que
crença tece essa teia?
Ditadores
e títeres,
autocratas
da ruína final
com
seus profissionais e senhores
em
rota fatal?
Trapalhadas ou..., mas ainda
estamos aqui.
Nem
todas as trapalhadas resultam em conflito armado, mas criam tumultos
equivalentes diante da instabilidade gerada.
Olhando
para dentro das células de decisão, as de burrice escancarada, encontramos ali
profissionais de várias faculdades, todos imersos na burocracia e tecnocracia,
muitos já tendo perdido a noção de realidade, insistem em propor medidas
alucinadas que só atrapalham a vida e suas regras naturais.
Preocupante
alerta, quando não só os líderes que decidem, mas tecnocratas, encastelados,
tentam medidas de interferência na sociedade, sem compromisso com resultados
coerentes. Seria tudo algo da teoria da conspiração, pelo que as medidas já
seriam projetadas para não dar em nada? Seria muita genialidade, mas
politicamente suicida, pelo que é difícil acreditar em tal hipótese, sendo mais
coerente crer na alucinatória incompetência de pessoas que com seus salários
estratosféricos nos Castelos de Gargantua e Pantacruel, usam suas cabeças
enobrecidas pelos ares de Poder e Dinheiro, para impressionar os seus pares
mandantes e só.
Assim,
vão pelo mundo pequeno e grande, as decisões ensandecidas, feitas em bureaux de
nuvens e fantasias, preconceitos, suposições técnicas e sonhos lunáticos, que
só o ego pode apresentar.
É
escancarada a sandice, bem abaixo da mediocridade, um dos pilares da burrice
recorrente. Tema efusivamente intocado pelos adeptos da vida política, que
entorpecidos pela sensação de Poder, ajoelham-se ao ego para endossar decisões
igualmente egóicas que dizem pretender o elevado objetivo de proteger sua
Nação, do qual se dizem endeusados tutores.
Nada
mais hipócrita. Depois de nada ter dado certo, nem olham os danos às cidades
quebradas, negócios fechados, vidas acabadas, caminhos esburacados, indústrias
destruídas, simplesmente chacoalham seus ternos e saem como se nada tivesse
acontecido. No íntimo, nem perguntam “e daí? “ .
A
população fica com os danos, vidas dilaceradas, famílias perdidas, sonhos
quebrados, cidades exterminadas, histórias privadas de ruínas, cidadãos
eliminados. Tudo que era desejado não
passava de planos comuns de uma vida em paz, numa rotina bem definida.
Se
há algo de positivo, pode-se dizer que o inconsciente coletivo vai se formando
contra tais falastrões de modo que uma reação silenciosa já se mostra ir
nascendo contra decisões tecnocratas em qualquer lugar. Uma evolução espiritual
coletiva lenta.
Enquanto
isso ocorre sem muita visibilidade, fica mais evidente que a crise de formação
de profissionais está atingindo todos os serviços e cargos e funções públicas e
privadas. Equipes técnicas sem preparo
e sem visão de futuro em seus projetos, que tecnocraticamente se afastam da
realidade. Vale o “se colar, colou” , sem nenhuma preocupação com as
consequências, afinal o salário grande no final do mês está garantido. Em
vários setores a realidade é de medidas de sandice e estupidez.
As
consequências geralmente são engolidas com farofa e água na vida normal do
cidadão sobrevivente. Pantacruel engole tudo e tudo volta ao normal apetite de
mais dinheiro e poder. E repetidamente vermos que uma ordem oficial em qualquer
setor detona a vida privada, compromete a vida pública e os danos não servem
para experiência e aprimoramento.
Instabilidade,
imprecisão, inexatidão, negligência, imperícia de uma mão de obra graduada ou
não, começam a ser mais comuns e danosos, por vezes piores do que a
guerra. É a vida em conflitos e guerras
menores, mas fazendo o dia a dia do cidadão.
Não
há efeitos de mísseis nem drones, só decisões e palavras, violência moral e física
a serem interrompidas talvez posteriormente pelo legado de Montesquieu.
Para
o cidadão comum, um voto, e nada a fazer, só esperar algo melhor. E o melhor é
algo sempre pior do que o anterior, enquanto grupos de mulas pensantes, exercem
suas profissões a favor de atividades escusas. Será que possuem alguma
autocrítica, consciência de seus atos e trapalhadas, ou é tudo na base do
servil e do imbecil?
Mesmo
assim, como os defeitos da educação formal, adentrando todos os setores, os
países vão em frente, em velocidade menor, e gastando muita energia boa,
queimando etapas, silenciando talentos; poderiam estar já em outro nível, mas
contentam-se em não ser ultrapassados pela tartaruga.
Quanto
à má formação e suas consequências, já não é somente com a cozinha do
restaurante, do pessoal da clínica e do hospital e dos trabalhadores de
serviços do cotidiano que devemos nos preocupar. As consequências estão agora
ficando mais visíveis em vários setores que nos afetam. Setores de grande
altura estão falhando. A uma ilusão de
progresso, uma capa frágil cobre a realidade.
Certamente,
tudo isso do presente é só uma etapa e contribuirá para passos mais seguros. O
difícil é aguentar o presente, pois envolve algumas gerações que serão
engolidas totalmente pelos desacertos e instabilidades. Do nascer ao morrer,
essas gerações terão que assistir os titubeios e incertezas de seu tempo, mas
não é tudo para se ver, há também a vida em si e a Natureza como bem maior que
podem preencher a mente, se a pessoa tiver uma visão de mundo mais aprimorada e
perceber avanços substanciais para a Humanidade. Aguenta coração, vale a dura
pena.
Odilon
Reinhardt 3.7.2025