domingo, 3 de agosto de 2025

Causa raiz








                                                     Causa raiz  

 

 

A causa com consequências

que viraram causa

e teve mais consequências,

que foram tomadas por causa

e ainda mais consequências.

 

Tudo numa ininterrupta sequência

que obliterou a causa primeira,

agora já tão longe da consciência,

mas permeando a vida inteira.

 

Verdadeiro pano de fundo

no teatro do dia a dia,

mas invisível no sentido profundo

que se esconde na agonia.

 

Fala-se em raiz,

canção raiz, cultura raiz,

e esquecem da realidade atual e sua raiz

a causa raiz. ,

 

A raiz que está na causa de tudo isso

que  a cegueira não deixa ver

e que força a realidade

a acreditar o que não é e no que ainda vai ter. 

 

Com muita pieguice, pequenez,

ideias chinfrins, valores discutíveis,

estamos nos jogando fora cada vez,

onde vamos com passos sofríveis? 

 

Fazendo causa e consequência,

atolando na ignorância e escuridão,

fazendo o presente sem consciência

uma euforia em ação e reação?

 

Com o passar do tempo fica longe a possibilidade

de identificar a causa raiz

tal o emaranhado existente na realidade.

 

Desafio até para os pensadores,

bons intelectuais e cientistas

cuja quantidade diminui a números atormentadores.

 

 

Difícil emaranhado é o cipoal de causas e consequências que embaraçam a visão da realidade de aparência desconcertante. A análise superficial leva à aparência de caos e desordem, visão compartilhada pela maioria e por idosos, que não podendo explicar o cenário, recorrem a ligeiros comentários sobre o antigamente e o agora em decepcionante e enganosa impressão degenerativa.

 

No entanto, a realidade em continua construção tem a tendência de objetivar o melhor, porque o Mal nunca vence, embora nunca se saiba por quanto tempo fará o durante de sua permanência. O processo implica resiliência por parte de várias gerações me trânsito.

 

Se compararmos qualquer setor ao longo da História, seja por dados ou fotos, tudo tem melhorado, nada do antigo deixou de ser um tijolo na construção de alguma realidade melhor. Mas é o durante que precisa ser aguentado, pois é a agitação, o aparente caos, a confusão que não permite identificar o que está sendo edificado. Tudo parece a construção de um prédio na fase de escavação, a fase de fundações em que os pedreiros e passantes não podem vislumbrar o que está sendo construído. Diante a aparente desordem, se questionados, nada podem identificar ou esclarecer muito menos explicar, muito mais se considerarmos o baixo nível de discernimento decorrente da falta de esclarecimento advindo da falta de boa educação formal.

 

E nesse contexto, qual a contribuição das redes sociais e mídia em geral para a formação da ideia de confusão, muito intoxicada  pelo sensacionalismo e uso de tendências políticas e ideológicas?  Tudo faz um caleidoscópio, de realidades distintas e inacessíveis embaçando a visão popular, ocupando nossos intelectuais midiáticos, desviando de uma análise filosófica e mais bem estruturada, mas privilegiando escolhas de temas diários e favorecendo bois de piranhas mesmo porque tudo que aparece nas milhões de telas compõe um enorme desfile de pontas de iceberg , suscitando narrativas apressadas e jogos de palavras com muita manipulação.

Quanto dessa realidade tendenciosa que contrasta com a realidade da vida individual  a contamina? Como condiciona a opinião pessoal e coletiva? 

Mas isso está longe de ser causa raiz de qualquer realidade. Tampouco causa do circo de impressões, boas ou más, pois em verdade, milhares de pessoas já viraram as costas para tudo isso, trocando de canal, desligando o celular ou negando diálogo, para manter  sua opinião que é sempre uma defeituosa síntese de que nada leva a nada, tudo dá em pizza, depois de jogadas processuais, anulações por erros formais ou negociatas político-partidárias. Derretida a ponta do iceberg, nada mais aparece e está salva a aparência, passando a ser um mero detalhe. 

A realidade pessoal verdadeira continua, é feita e vivida por todos na individualidade da carestia. Tal realidade não tem pausa, não é desligada nos fins de semana e feriados. Só para mencionar, sendo atual, uma causa que vem se desenrolando há mais de 20 anos é o desmotivar o empreendedorismo. Não é causa raiz, é consequência e gera muitas causas e consequências. Ninguém é obrigado a empreender, pode fechar a empresa e simplesmente cruzar os braços.  

E num país assim em construção, quem e como é analisada tal realidade, que aparece em estatísticas, divulgadas para as mesmas pessoas que são incapazes de discernir ou para quem o discernimento em nada contribui para o bolso? E se houvesse possibilidade de análise profunda em busca da causa raiz ou de qualquer outra, o que fariam as pessoas com as conclusões, num mundo em que quem discorda é cancelado, debochado, rejeitado, onde nem há lugar para um debate mais estruturado e onde pessoas mantém diálogos superficiais que são meros monólogos radicais, inflexíveis, intolerantes, impacientes com palavras surdas e rápidas.

E a causa raiz? Será uma ou serão várias? Seriam históricas, educacionais, culturais, econômicas? Com que método penetraríamos na quiçaça dominante para chegar à origem?

Talvez o país tenha perdido suas causas, todas, antigas e atuais, e a causa raiz tenha ficado ultrapassada e já impossível de ser erradicada.

 

A causa raiz passou a fazer parte do DNA do país? Não há mais tempo para eliminá-la. No tempo atual mal se consegue lidar com as consequências-causas que estão fazendo a realidade ficar cinza para muitos.  

 

E quem sabe da causa raiz, não a revela mais, pois a nossa democracia midiática nada aceitaria e o cancelamento seria imediato. Todavia, tal sabedoria não se apaga da mente do  pensador que deve se contentar em poder explicar toda a maçaroca da atualidade para si mesmo. O nó é górdio. A vida está embrulhada no pacote e a população exposta ao que vem construindo. Direita ou esquerda e ninguém vai para frente. Muita energia para um passo tímido, mas o país vai indo pelo material. Muitas avenidas novas e iluminadas. Espero que em algum lugar a causa raiz não aflore com tanta periculosidade, interrompa tudo e revele o que foi há longo tempo esquecido sendo prioritário.

 

A fase é a mesma que outras terras já passaram, muita agitação e pouca estabilidade, típico do país ex-colônia ainda em construção. Realidades se cruzam e se sobrepõem, dando ideia de devaneios e desesperanças, mas há um rumo sendo seguido. Territorialmente somos uma das maravilhas do Universo, mas ainda enfrentamos o fator humano e suas mazelas, mas é uma fase de várias décadas. Já fomos bem piores, muito piores. O durante e sua lentidão é que cria ansiedades, que só podem ser vencidas pela aceitação. Temos uma causa raiz e muitas gerações ainda a terão como cenário de fundo. Aguentemos.

 

Odilon Reinhardt  3.8.25

 

quinta-feira, 3 de julho de 2025

Trapalhada ou...

 







 

 

 

                           A funda e a vidraça.

 

 

A imbecilidade secular, recorrente,

fazendo movimento;

os usos e a realidade semovente

em péssimo movimento.

 

Milênios de experiência,

mas cheio de pretextos e estultice,

acima de qualquer ciência,

fazendo impérios de burrice.

 

A pretensa inteligência

de países seculares,

cheios de tanta arrogância,

mulas de carga em tetos espetaculares?

 

Rusgas anteriores

nada ensinam,

sina de povos sofredores,

todos perdedores que nada levam. 

 

Foguetes da morte civil,

a maldade voadora sem nada de positivo,

quem é o forte imbecil?

O ego ativo!

 

Há o fácil disparar,

ódio secular,

o povo que se vá se danar!

Quem vai desatar o nó górdio nesse matar?

 

Houve e há vencedores e/ou só perdedores?

Quem vai reagir?

Não há nem o houve ganhadores;

Só o lamento de quem agir.

 

Drones de lá e de cá

cigarras noturnas e vampiros mortais,

os danos diurnos,

as tropas esvoaçantes e seus golpes fatais. 

 

Guerras de palavras e vaidades,

líderes de todos os tempos aloucados,

péssimas mentes fazendo realidades;

de onde vem esses pretensos amalucados?

 

E o povo local se apressa e se amassa,

na contagem de mortos que a TV descora,

o líder posa

para o reino onde mora.

 

Palavras de efeito,

guerra de termos e bazófias,

nada é perfeito

valem as discutíveis filosofias.

 

Sempre uma grande e cara palhaçada;

a Humanidade em momentos confusos;

até quando a vidraça quebrada

aguentará os custos de internos erros e usos?

 

O anacrônico niilismo em alta,

começar tudo da areia;

uma escolha em pauta,

que crença tece essa teia?

 

Ditadores e títeres,

autocratas da ruína final

com seus profissionais e senhores

em rota fatal?

 


                  Trapalhadas ou..., mas ainda estamos aqui. 

 

 

Nem todas as trapalhadas resultam em conflito armado, mas criam tumultos equivalentes diante da instabilidade gerada.

Olhando para dentro das células de decisão, as de burrice escancarada, encontramos ali profissionais de várias faculdades, todos imersos na burocracia e tecnocracia, muitos já tendo perdido a noção de realidade, insistem em propor medidas alucinadas que só atrapalham a vida e suas regras naturais.

Preocupante alerta, quando não só os líderes que decidem, mas tecnocratas, encastelados, tentam medidas de interferência na sociedade, sem compromisso com resultados coerentes. Seria tudo algo da teoria da conspiração, pelo que as medidas já seriam projetadas para não dar em nada? Seria muita genialidade, mas politicamente suicida, pelo que é difícil acreditar em tal hipótese, sendo mais coerente crer na alucinatória incompetência de pessoas que com seus salários estratosféricos nos Castelos de Gargantua e Pantacruel, usam suas cabeças enobrecidas pelos ares de Poder e Dinheiro, para impressionar os seus pares mandantes e só.    

 

Assim, vão pelo mundo pequeno e grande, as decisões ensandecidas, feitas em bureaux de nuvens e fantasias, preconceitos, suposições técnicas e sonhos lunáticos, que só o ego pode apresentar.

 

É escancarada a sandice, bem abaixo da mediocridade, um dos pilares da burrice recorrente. Tema efusivamente intocado pelos adeptos da vida política, que entorpecidos pela sensação de Poder, ajoelham-se ao ego para endossar decisões igualmente egóicas que dizem pretender o elevado objetivo de proteger sua Nação, do qual se dizem endeusados tutores.

 

Nada mais hipócrita. Depois de nada ter dado certo, nem olham os danos às cidades quebradas, negócios fechados, vidas acabadas, caminhos esburacados, indústrias destruídas, simplesmente chacoalham seus ternos e saem como se nada tivesse acontecido. No íntimo, nem perguntam “e daí? “ .

 

A população fica com os danos, vidas dilaceradas, famílias perdidas, sonhos quebrados, cidades exterminadas, histórias privadas de ruínas, cidadãos eliminados.  Tudo que era desejado não passava de planos comuns de uma vida em paz, numa rotina bem definida.

 

Se há algo de positivo, pode-se dizer que o inconsciente coletivo vai se formando contra tais falastrões de modo que uma reação silenciosa já se mostra ir nascendo contra decisões tecnocratas em qualquer lugar. Uma evolução espiritual coletiva lenta. 

 

Enquanto isso ocorre sem muita visibilidade, fica mais evidente que a crise de formação de profissionais está atingindo todos os serviços e cargos e funções públicas e privadas.   Equipes técnicas sem preparo e sem visão de futuro em seus projetos, que tecnocraticamente se afastam da realidade. Vale o “se colar, colou” , sem nenhuma preocupação com as consequências, afinal o salário grande no final do mês está garantido. Em vários setores a realidade é de medidas de sandice e estupidez.

 

As consequências geralmente são engolidas com farofa e água na vida normal do cidadão sobrevivente. Pantacruel engole tudo e tudo volta ao normal apetite de mais dinheiro e poder. E repetidamente vermos que uma ordem oficial em qualquer setor detona a vida privada, compromete a vida pública e os danos não servem para experiência e aprimoramento.

 

Instabilidade, imprecisão, inexatidão, negligência, imperícia de uma mão de obra graduada ou não, começam a ser mais comuns e danosos, por vezes piores do que a guerra.  É a vida em conflitos e guerras menores, mas fazendo o dia a dia do cidadão.

 

Não há efeitos de mísseis nem drones, só decisões e palavras, violência moral e física a serem interrompidas talvez posteriormente pelo legado de Montesquieu.

 

Para o cidadão comum, um voto, e nada a fazer, só esperar algo melhor. E o melhor é algo sempre pior do que o anterior, enquanto grupos de mulas pensantes, exercem suas profissões a favor de atividades escusas. Será que possuem alguma autocrítica, consciência de seus atos e trapalhadas, ou é tudo na base do servil e do imbecil?

 

Mesmo assim, como os defeitos da educação formal, adentrando todos os setores, os países vão em frente, em velocidade menor, e gastando muita energia boa, queimando etapas, silenciando talentos; poderiam estar já em outro nível, mas contentam-se em não ser ultrapassados pela tartaruga.

 

Quanto à má formação e suas consequências, já não é somente com a cozinha do restaurante, do pessoal da clínica e do hospital e dos trabalhadores de serviços do cotidiano que devemos nos preocupar. As consequências estão agora ficando mais visíveis em vários setores que nos afetam. Setores de grande altura estão falhando.  A uma ilusão de progresso, uma capa frágil cobre a realidade. 

 

Certamente, tudo isso do presente é só uma etapa e contribuirá para passos mais seguros. O difícil é aguentar o presente, pois envolve algumas gerações que serão engolidas totalmente pelos desacertos e instabilidades. Do nascer ao morrer, essas gerações terão que assistir os titubeios e incertezas de seu tempo, mas não é tudo para se ver, há também a vida em si e a Natureza como bem maior que podem preencher a mente, se a pessoa tiver uma visão de mundo mais aprimorada e perceber avanços substanciais para a Humanidade. Aguenta coração, vale a dura pena.  

 

Odilon Reinhardt 3.7.2025

 

terça-feira, 3 de junho de 2025

Os fios e redes da malandragem.

 





 

 

Campo das banalidades.
  

  

Sistemas altamente internéticos

frutos de cabeças pensantes

profissionais bem cibernéticos.

 

Bilhões como pipoca

rapidamente acumulados

antes do golpe virar paçoca.

 

Grandes esquemas ,

sistemas complexos de caixa 2 ,

lavagens modernas sem problemas.

 

De vez em quando, o corre-corre , todos fogem,

ficam os bagrinhos mudos

para fazer o teatro na paisagem.

 

Um ou dois dias de televisão,

a Pátria  se espanta ,

depois tudo vira pizza e pirão.

 

Golpes retiram a energia produtiva

de um país sem igual

onde o cidadão quer ter vida ativa.

 

Seriam os golpes exceção

e querem nos turvar os olhos

criando generalização?

 

Nos relacionamentos pessoais;

nos  pequenos e médios negócios

não há golpes já tidos como normais?

 

Difícil discernimento

para separar o que é e não é golpe;

o cidadão segue no seu confinamento.

 

O estelionato assume diversa forma

e surge a banalização

com a qual todo mundo se conforma .

 

 Descrédito e suspeita

afetam as todos;

quem isso peita ? 


Odilon Reinhardt.  

 

Embora os efeitos mais dignos da tecnologia na área de comunicação sejam a de rapidamente ligar os seres humanos em qualquer lugar da Terra, a situação econômica de um povo condiciona seu comportamento e uso dos meios virtuais. O pragmatismo e o utilitarismo atendem às necessidades corriqueiras.

 

As diversas modalidades de ação derivadas da Má-fé que vive há tempos na vida do dia a dia no país, é a mesma que aconteceu intensamente em outros países, que hoje são as primeiras economias do mundo. Basta ler, atividade rara, mas único modo de saber como eram as malandragens principalmente no fim e começo do século XX em países que hoje são os líderes da Economia, mas que na atualidade ainda mostram novas versões de malandragem, agora global.

 

Com a economia sem evolução e governos se sucedendo sem sucesso algum, tudo aqui é mais demorado e a malandragem ganha requintes tecnológicos que se afastam do meramente pessoal de negócios de bairro para se aproximar dos mais regionais e nacionais com fortes ligações ou pelo menos inspiração nos globais, quando não são deles os ramos aqui. Coisas que eram do submundo, mostram-se mais frequentes ao mundo e o dominam. Por que aparecem? Só por que alguém não recebeu a sua parte.

 

Tudo com fruto da plantação feita por mestres invisíveis, que há décadas vem cevando o mercado e fazendo fãs através de mensagens subliminares e agora já escancaradas. Escoltados por profissionais de vários tipos, fazem planos mirabolantes para ganhar dinheiro ilimitadamente. Planos doentios e megalomaníacos que o ego exige de cabeças pobres, mas não vazias, pois há no estelionatário uma inteligência incomum, uma esperteza diabólica, a qual poderia ser convertida para benéfica, se trabalhasse a favor do país e seu progresso. Mas isso não parece cativar a mente de tais facínoras, que se divertem com seus planos e com a prisão de seus bagrinhos egoísticos.

 

Vai assim o mundo nos atuais quadrantes. Ganância e gula, ânsia pelo Poder, mentes de megalomania, tudo com fim marcado, mas deixando danos e um descrédito danoso quanto ao futuro. Quais os bons modelos para as gerações que vão assumir?    

 

Odilon Reinhardt 3-6-2025

sábado, 3 de maio de 2025

A terra dos sonhos , perdidos?

 






                                        A terra dos sonhos, perdidos?

 

Depósito de ideologias falidas,

de customizações falhas,

de metodologias ultrapassadas.

 

Lixeira dos modelos extravagantes, 

repositório de experiências

o terceiro mundo e seus sonhos alucinantes. 

 

Terra da feirinha de eletrônicos

tentativas e aventuras de marketing,

muito dinheiro nos jogos lacônicos.

 

Golpes, fraudes e bilhões no Pix,

do mercado informal de manipulações e tramas; 

no celular, o centro de tudo que se diz.

 

Sonhos do ganhar fácil,

e como tudo é mesmo atraente,

tudo é livre e factível e até infantil.

 

Favorecido pela grande falha de educação,

discernimento falho , condicionado ou inexistente,

o golpe está solto em ação.

 

Até ser tudo descoberto,

bilhões fluem como água ,

e fogem para algum paraíso aberto.

 

Os bagrinhos são pegos,

os soldados do estratagema,

punidos com cabeças de prego.

 

E para não dizer que se falou de flores,

ninguém grande morre de overdose, mas

muitas piscinas estão cheias de ratos e dores.

 

Para muitos é the land of milk and honey,

a terra onde má-fé e golpe levam à prosperidade.

Quem se importa com a lei?

 

Terra onde se golpeia aposentados, falsifica-se remédio,

onde se altera leite das crianças com formol

e as novas gerações sofrem de tédio.   

 

E a intelectualidade se curva ao entendimento literal,

a linguagem figurada e a poesia caem em desuso,

e os livros, só os clássicos no cebo, lixeira do novo normal.

 

Mas não sejamos tão pessimistas,

há gente boa se preparando. A quem vão liderar? 

Onde estão , em que listas ?

 

Acordemos, não queremos isso.

 

 

Preocupam muito as vitórias da informatização quanto às possibilidades de tais brilhantes conquista favorecerem as atividades menos apropriadas para favorecer a Humanidade. As forças escuras em busca de dinheiro avançam sobre os instrumentos midiáticos e criam medo, dúvidas, prejuízos e desacreditam o poder de controle e prevenção das instituições. Quantos bilhões em qualquer moeda são gastos por empresas, governos e pessoas para se defenderem contra golpes?

Na fase atual, com telefonemas, mensagens e cavalos de troia embutidos em aplicativos, tudo gera desconfiança ou atinge sem limites as pessoas físicas e jurídicas diminuindo a energia produtiva e os rendimentos. São recursos que poderiam estar sendo usados em educação, infraestrutura etc.

Há um longo campo para o crime virtual prosperar. Qual a diferença de um setor de informática de uma pequena para uma grande prefeitura, por exemplo, em termos de equipamentos de informática e pessoal? Com é feita a atualização e qual o recurso disponível?

 

A segurança pública está chupando todos os recursos e o país tornando-se  uma operação policial e um cadeião. A Igreja queria que fosse um templo, os militares um quartel, e o que  conseguimos é uma zona de terrores físicos, mentais e virtuais já assumindo tendências de avacalhação.      

Ao longo do tempo, tal desconfiança e descrédito vai redundar em um preparo maior por parte do cidadão e autoridades. Em contra partida, os promotores de tais atitudes negativas irão aprimorar seus instrumentos para não perder tão  farto mercado negativo. No entanto, a maior arma estatal está no controle do caminho do dinheiro, pois qualquer golpe visa recursos monetários. Quem ganha dinheiro tem que gastar e será pego, assim, no final do processo. Portanto, o único meio eficaz de combater as ilegalidades virtuais mas bem reais é a investigação e operação do Estado. Outro ponto de investigação seria a de cercar os profissionais de várias profissões que estão dando suporte estrategicamente técnico para os esquemas de golpe.

Por ora, quem usar da inteligência deve tratar de reduzir:  sua curiosidade, sua participação em redes sociais inócuas e inúteis; o uso do celular; e não aceitar proposta, convite ou programa vinda de qualquer fonte. Estamos numa longa época de golpe e má-fé.   E tudo ainda está na época das cavernas em teremos de invasão de privacidade e redução das garantias individuais.  Ainda veremos muitos eventos de horrores ligados a esse tema recorrente.  O momento é de aguentar a tormenta até que possamos ver o arco-íris.

Mas tudo isso, é por enquanto vitória das forças escuras do individualismo e do utilitarismo, do hedonismo, todos sob o domínio do ego reinante. É a vitória de tendências de há muito introduzidas na sociedade; resultam das mensagens subliminares que vinham campeando a comunicação através de mestres invisíveis. O imaginário “Big Brother” está sendo realizado, vai chegando forte e a favor das multinacionais do Mal.

Uma realidade difícil de banalizar, pois pega no bolso, na credibilidade. É o materialismo sendo atacado.

Sempre haverá a opção de desligar, cancelar, deletar? Tudo depende de dois fios de energia mesmo que estejam em algum lugar?  Onde estão e a quem pertencem? 

Odilon Reinhardt -3.5.25