Campo das banalidades.
Sistemas altamente internéticos
frutos de cabeças pensantes
profissionais bem cibernéticos.
Bilhões como pipoca
rapidamente acumulados
antes do golpe virar paçoca.
Grandes esquemas ,
sistemas complexos de caixa 2 ,
lavagens modernas sem problemas.
De vez em quando, o corre-corre , todos fogem,
ficam os bagrinhos mudos
para fazer o teatro na paisagem.
Um ou dois dias de televisão,
a Pátria se espanta
,
depois tudo vira pizza e pirão.
Golpes retiram a energia produtiva
de um país sem igual
onde o cidadão quer ter vida ativa.
Seriam os golpes exceção
e querem nos turvar os olhos
criando generalização?
Nos relacionamentos pessoais;
nos pequenos e
médios negócios
não há golpes já tidos como normais?
Difícil discernimento
para separar o que é e não é golpe;
o cidadão segue no seu confinamento.
O estelionato assume diversa forma
e surge a banalização
com a qual todo mundo se conforma .
Descrédito e suspeita
afetam as todos;
quem isso peita ?
Embora os efeitos mais dignos da tecnologia na área de
comunicação sejam a de rapidamente ligar os seres humanos em qualquer lugar da
Terra, a situação econômica de um povo condiciona seu comportamento e uso dos
meios virtuais. O pragmatismo e o utilitarismo atendem às necessidades
corriqueiras.
As diversas modalidades de ação derivadas da Má-fé que vive
há tempos na vida do dia a dia no país, é a mesma que aconteceu intensamente em
outros países, que hoje são as primeiras economias do mundo. Basta ler,
atividade rara, mas único modo de saber como eram as malandragens
principalmente no fim e começo do século XX em países que hoje são os líderes
da Economia, mas que na atualidade ainda mostram novas versões de malandragem,
agora global.
Com a economia sem evolução e governos se sucedendo sem
sucesso algum, tudo aqui é mais demorado e a malandragem ganha requintes
tecnológicos que se afastam do meramente pessoal de negócios de bairro para se
aproximar dos mais regionais e nacionais com fortes ligações ou pelo menos
inspiração nos globais, quando não são deles os ramos aqui. Coisas que eram do
submundo, mostram-se mais frequentes ao mundo e o dominam. Por que aparecem? Só
por que alguém não recebeu a sua parte.
Tudo com fruto da plantação feita por mestres invisíveis,
que há décadas vem cevando o mercado e fazendo fãs através de mensagens
subliminares e agora já escancaradas. Escoltados por profissionais de vários
tipos, fazem planos mirabolantes para ganhar dinheiro ilimitadamente. Planos
doentios e megalomaníacos que o ego exige de cabeças pobres, mas não vazias,
pois há no estelionatário uma inteligência incomum, uma esperteza diabólica, a
qual poderia ser convertida para benéfica, se trabalhasse a favor do país e seu
progresso. Mas isso não parece cativar a mente de tais facínoras, que se
divertem com seus planos e com a prisão de seus bagrinhos egoísticos.
Vai assim o mundo nos atuais quadrantes. Ganância e gula,
ânsia pelo Poder, mentes de megalomania, tudo com fim marcado, mas deixando
danos e um descrédito danoso quanto ao futuro. Quais os bons modelos para as
gerações que vão assumir?
Odilon Reinhardt 3-6-2025