Indo para
um país, onde não conhecemos a língua e não temos ocupação alguma, somo
classificados como turistas ou refugiados ou qualquer outra categoria, como
justificativa, por não estarmos encaixados no mundo da produção local ali
existente.
Neste
contexto, até o mendigo na calçada está mais qualificado do que nós, pois pelo
menos possui ali uma vida particular com histórico, domina a língua e seja ,talvez, um abandonado pai de família/comerciante/fazendeiro,
uma vítima do fogo, da inundação, da crise econômica, da guerra contra si
mesmo, da depressão, desnutrição, de qualquer evento humano que lhe fez perder
tudo, sem chances de um recomeço. Sabe-se lá, tal é a adversidade e quantidade
de situações pessoais que podem afetar cada um em qualquer fase da vida.
A única segurança
emocional que temos é que há um espírito superior que iguala todos os seres
humanos, ou seja, o espírito de humanidade, expresso na fraternidade, união,
solidariedade e compaixão.
Em
qualquer lugar da Terra, sabe-se o que é um sorriso de gratidão, um abraço de
afeto, um grito de socorro, uma palavra de boa orientação, uma mão estendida para
o Próximo, um simples bom dia ou qualquer outro gesto que diga que a pessoa
esta sendo percebida independentemente de sua situação.
E é este
espírito humano que ressurge um pouco desgastado, puído, de tanto lutar para
sobreviver no meio do estresse de prazos, iniquidades e compromissos do mundo de
trabalho, para, no teatro do final de ano, fazer-se presente e lembrado num
abraço, num presente, numa palavra de conforto e estímulo. É o curto tempo de
pausa para reflexão sobre os passos que vem sendo dados e o rumo a tomar.
Muitos de
tão esgotados, esmagados pelo pragmatismo da rotina que seguem, nem condição
possuem de pensar, tal seu estado miserável, seu cansaço, seu estresse, sua
mente invadida, ansiosa e confusa de sua posição como objeto da vida, que o faz
até mesmo desprezar o fim do ano e seus eventos. E você? Como chegou à época de Natal de 2019?
Passada a
pausa, a época do final de ano, presentes comprados e distribuídos, continua a
vida, tocada e empurrada por ditames e condicionamentos pouco debatidos, que
levam a mais um ano de estresse e esgotamento. Esperanças renovadas, planos
feitos que logo se revelam como impossíveis quando confrontados com a
necessidade de mudança do dia a dia e do modo de agir e pensar. Há alguém
satisfeito aí? Isto tudo esta dando bom resultado pessoal? Por que tantos
problemas e violência se tudo está como dizem, “ok”?
E o
espírito de humanidade, tão anunciado e propalado pelo comércio e mídia, deve
ser recolhido ao íntimo de cada um para só reviver um ano depois? Será que
serve só para ser usado nas festas de fim de ano ou deve ser praticado todo dia
a qualquer tempo em todos os lugares do mundo?
Muito já
melhorou, pessoas estão despertando e o mundo está mudando. Não se deve perder
a esperança diante da lentidão evolutiva. O ego deve ser dominado e o medo de
perder e a contrariedade devem ser domados.
O esforço
é pessoal, contamina o grupo e avança para a coletividade. É o caminho que não
deve ser abandonado. Não podendo mudar o mundo subitamente, mude o seu interior
e seja exemplo. Exemplos de humanidade constroem pensamento positivo, harmonia,
sinergia. Garanta-se, chegue ao próximo Natal descansado, amando a vida,
fazendo planos de prosperidade e de elevação da humanidade. É o único caminho
longe do negativismo, do conflito e da confusão interna e externa. Aproveite o Natal, não há nada igual.
É natal, tempo especial.
A
cidade se enche de luz.
já está
no ar,
o Natal ,
tudo tão especial.
Já é Natal,
seduz os
corações,
cria
eternas emoções,
não há
nada igual.
Ruas e
árvores em cores,
o amor
invade os sorrisos e lares,
tudo
brilha neste tempo ,
tudo é
luz e não na nada igual.
Brilham
os pinheiros,
brilha em
paz e suavidade a flor do passeio,
a criança
sorri com seus brinquedos,
brilham
os olhos com esperança e amor.
É Natal,
não há
nada igual
em
Curitiba tudo é especial.
Odilon
Reinhardt.
( poesia
utilizada por Reinaldo Godinho para
compor sua
poesia e música Tempo de Natal).