terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Natal 2019






                                               










                                                            
                                                                    Natal de 2019.



Indo para um país, onde não conhecemos a língua e não temos ocupação alguma, somo classificados como turistas ou refugiados ou qualquer outra categoria, como justificativa, por não estarmos encaixados no mundo da produção local ali existente.
Neste contexto, até o mendigo na calçada está mais qualificado do que nós, pois pelo menos possui ali uma vida particular com histórico, domina a língua  e seja ,talvez, um abandonado pai de família/comerciante/fazendeiro, uma vítima do fogo, da inundação, da crise econômica, da guerra contra si mesmo, da depressão, desnutrição, de qualquer evento humano que lhe fez perder tudo, sem chances de um recomeço. Sabe-se lá, tal é a adversidade e quantidade de situações pessoais que podem afetar cada um em qualquer fase da vida.
A única segurança emocional que temos é que há um espírito superior que iguala todos os seres humanos, ou seja, o espírito de humanidade, expresso na fraternidade, união, solidariedade e compaixão.  
Em qualquer lugar da Terra, sabe-se o que é um sorriso de gratidão, um abraço de afeto, um grito de socorro, uma palavra de boa orientação, uma mão estendida para o Próximo, um simples bom dia ou qualquer outro gesto que diga que a pessoa esta sendo percebida independentemente de sua situação.     
E é este espírito humano que ressurge um pouco desgastado, puído, de tanto lutar para sobreviver no meio do estresse de prazos, iniquidades e compromissos do mundo de trabalho, para, no teatro do final de ano, fazer-se presente e lembrado num abraço, num presente, numa palavra de conforto e estímulo. É o curto tempo de pausa para reflexão sobre os passos que vem sendo dados e o rumo a tomar.
Muitos de tão esgotados, esmagados pelo pragmatismo da rotina que seguem, nem condição possuem de pensar, tal seu estado miserável, seu cansaço, seu estresse, sua mente invadida, ansiosa e confusa de sua posição como objeto da vida, que o faz até mesmo desprezar o fim do ano e seus eventos.  E você? Como chegou à época de Natal de 2019?
Passada a pausa, a época do final de ano, presentes comprados e distribuídos, continua a vida, tocada e empurrada por ditames e condicionamentos pouco debatidos, que levam a mais um ano de estresse e esgotamento. Esperanças renovadas, planos feitos que logo se revelam como impossíveis quando confrontados com a necessidade de mudança do dia a dia e do modo de agir e pensar. Há alguém satisfeito aí? Isto tudo esta dando bom resultado pessoal? Por que tantos problemas e violência se tudo está como dizem, “ok”?
E o espírito de humanidade, tão anunciado e propalado pelo comércio e mídia, deve ser recolhido ao íntimo de cada um para só reviver um ano depois? Será que serve só para ser usado nas festas de fim de ano ou deve ser praticado todo dia a qualquer tempo em todos os lugares do mundo?
Muito já melhorou, pessoas estão despertando e o mundo está mudando. Não se deve perder a esperança diante da lentidão evolutiva. O ego deve ser dominado e o medo de perder e a contrariedade devem ser domados.
O esforço é pessoal, contamina o grupo e avança para a coletividade. É o caminho que não deve ser abandonado. Não podendo mudar o mundo subitamente, mude o seu interior e seja exemplo. Exemplos de humanidade constroem pensamento positivo, harmonia, sinergia. Garanta-se, chegue ao próximo Natal descansado, amando a vida, fazendo planos de prosperidade e de elevação da humanidade. É o único caminho longe do negativismo, do conflito e da confusão interna e externa.  Aproveite o Natal, não há nada igual.


                                                É natal, tempo especial.

A cidade  se enche de luz.
já está no ar,
o Natal , tudo tão especial.

Já é Natal,
seduz os corações,
cria eternas emoções,
não há nada igual.

Ruas e árvores em cores,
o amor invade os sorrisos e lares,
tudo brilha neste tempo ,
tudo é luz e não na nada igual.

Brilham os pinheiros,
brilha em paz e suavidade a flor do passeio,
a criança sorri com seus brinquedos,
brilham os olhos com esperança e amor. 

É Natal,
não há nada igual
em Curitiba tudo é especial. 

 
Odilon Reinhardt.
( poesia utilizada por Reinaldo Godinho para
compor sua poesia e música Tempo de Natal).