domingo, 3 de janeiro de 2021

2021 - o vidrinho, a agulha ; 365 dias de esperança.

 


                             





                               2021-o vidrinho, uma agulha;

                                   365 dias de esperança

 


 

                                           2021

 

365 dias pela frente,

para construir 2021,

no meio de tanta gente.

 

8.760 horas a serem vividas,

fazendo os dias do ano novo,

que toda manhã começa com Boas Vivas!

 

Em cada dia uma oportunidade,

para exercitar, praticar o Bem,

fazendo, aprimorando a realidade.

 

Vencer os altos e baixos, a adversidade,

entender, aceitar, defender, vencer,

lutar com consciência, usar a razão e a bondade.

 

Um desafio para cada Ser,

fazer  2021 para ao final do ano exclamar:

a cada hora de cada dia fizemos 2021 acontecer.

 

Quem sobreviveu a 2020 e todo seu transtorno

deve ter aprendido como viver, conviver e sobreviver,

fará 2021 com excelência, sabe que na vida não há retorno.       

 

Odilon Reinhardt.

 

 

                                 Ano novo – 2.1.2021.

 

 

2021 e suas datas.

 

 

Datas como hoje

2.1.21,

21.1.21

1.2.21

4.3.21

7.3.21

3.7.21

 

Cada dia está para vir do futuro

com os olhos no destino do mundo,

cabendo a cada um fazê-lo seguro.

 

Serão dias de rotina,

de altos e baixos, de surpresas, de ontem,

de reta, de esquina.

 

Mas com certeza de muita vida;

e cada um terá sua sorte,

que seja de felicidade bem decidida.

 

Cabe viver cada dia,

fazê-lo como melhor dom,

para que o tempo seja harmonia.

 

Por vezes não acontecerá o desejado,

mas haverá esperança e fé

no dia seguinte tão esperado.

 

Dias de céu azul, manhãs de sol,

chuva , frio e calor no mundo interior

mas teremos uma luz superior como farol.

 

E assim iremos nós os humanos

num roteiro espalhado,

alguns tentando refinar seus planos.

 

E quando 2022 estiver para chegar

Lembraremos que à frente há dias como

2.2.22,

11.2.22,

2.11.22

e serão dias onde esperamos estar

No mundo melhor, o nosso mundo interior.    

 

Odilon Reinhardt.

 

 

                              Aproximação do amanhã.

 

 

 

Em pleno escuro,

num salto do tempo,

aproxima-se a confiança no futuro.

 

Vem vindo o amanhã,

a lentos passos, imperceptível,

vai, por mágica, tornando-se projeto da manhã.

 

Assim o ontem transmuta-se em hoje;

em algum milésimo de segundo

da meia noite inicia-se o hoje.

 

Confiante, a próxima manhã atravessa a madrugada,

sonhando, deixa-se despertar pelo sol

e acorda para sua mais nova jornada.

 

Apresenta-se ao dia,

impressiona o tempo,

está de azul e traz consigo muita energia.

 

Já é linda esta parte do dia,

é para todos, democrática,

esperando ser vivida com alegria.

 

É uma nova chance para viver e conviver,

uma página para preencher,

tudo para acontecer e com curiosidade ver.

 

Pessoas conscientes e preparadas

sabem o real significado

das horas cheias de luz a serem passadas.

 

Em cada hora há vida,

oportunidade e probabilidade

de a sorte e o destino estarem na lida.

 

Cada um que possa percorrer

seu sonho, ilusão, projeto,

e sobre ele possa bem discorrer.

 

Porque logo em horas novamente escuras,

na noite virá o novo amanhã ,

vivido com intenções que se espera sejam puras.

 

Em páginas brancas cada um que escreva

sua história a cada segundo

e possa dizer que era bem isto que esperava.

 

E assim terá feito

mais um dia da vida

com sucesso e bom efeito.     

 

Odilon Reinhardt.

 

 

 

                                         Até lá.

 

Um dia isto tudo irá embora,

até lá resta esperança, fé e atitudes corretas

na imensidão do dia de cada hora.

 

Paciência, resiliência,

perseverança, sabedoria,

para alguns serão as proteções de consciência.

 

O controle da impulsividade,

do esgotamento,

será a vacina contra qualquer desesperada imbecilidade.

 

2020 estará em 2021,

talvez mais ameno, talvez não,

tudo depende de cada um.

 

Contra os momentos de agonia, desesperança,

insegurança, medo e desequilíbrio, 

cada um deve achar sua segurança.

 

Com a contínua instabilidade,

não é desnecessário o apoio mútuo de amigos,

para amenizar a realidade.

 

O isolamento corporal,

distanciamento físico, a máscara,

não precisa implicar o social.

 

É o compartilhamento de opiniões e sensações

de reflexões, os livres pensamentos de cada um

que poderá dar conforto e diminuir apreensões.

 

Em plena época da comunicação,

com todos os aparelhos disponíveis,

não é hora de afundar o umbigo na solidão.

 

Quando tudo isto passar,

alguns verão os que sobreviveram,

e como cada um foi capaz de ajudar.

 

Todos terão feito história,

serão páginas da História,

com muita estória.

 

Poderão comemorar

a qualidade dos dias que fizeram,

as estratégias de preenchimento para esperar.

 

Foram enfim dias da esperança,

como tiveram paciência e equilíbrio,

será um troféu de lembrança.

 

Mas até lá precisam da cada dia,

saúde e determinação,

e  força mental  para manter a harmonia.

 

Verão que não bastou só inventar o que fazer,

pois foi importante saber o que pensar

e como pensar para se preencher.

 

Não bastou só viver,

mas saber conviver,

para sobreviver.

 

Será vencedor quem soube lançar mão

da luz, compaixão e paz

para evitar a desintegração?

 

Terá louros quem conseguiu preservar o lar,

protegê-lo com empatia,

e o ego afastar? 

 

Será superior quem pode fazer reflexão ,

dimensionar-se, mudar para melhor,

aprendeu a fazer meditação e romper a exaustão?

 

Um dia olharão para trás,

tudo já será passado,

e poderão usar da sabedoria que a luz traz. 

 

Respirarão sem medo, livremente,

à janela , na rua, nos parques,

e a vida será mesmo o melhor presente.

 

Alguns terão mais sensibilidade, cresceram,

aprenderam algo,

vão olhar o mundo com os olhos da alma que resgataram.  

 

 

Odilon Reinhardt.

 

  

                               O Talvez em andamento.

 

 

Talvez estejamos diante

do fim de processo de uma  grande transformação

que colocará o normal bem distante.

 

Tudo do hoje terá sido só um passo

numa caminhada da Humanidade

e o mundo estará em outro paço.

 

Talvez estejamos numa daquelas esquinas da História,

onde o entrelaçamento das relações

leva-nos a ver o que mais interessa em cada estória?

 

As imperfeições e insuficiências humanas

talvez conduzam a um raro instante de consciência

e alguns humanos vejam seus enganos.

 

Outros tantos talvez sobreviverão sem ver nada,

nada puderam analisar, nada aprender,

e por isso mesmo de imediato não haverá nada.

 

É! Talvez não ocorra nada ,

tal a cegueira atual

e tudo será igual para ignorância instalada.

 

Mesmo se nenhuma lição tiver validade,

depois dessa parada,

silenciosos movimentos coletivos serão a realidade.

 

À revelia de interesses comerciais,

por si só e ao seu tempo,

mudanças nas massas vão dando seus sinais.

 

A atualidade vai se desgastando,

queiramos ou não, há o lento fluxo da vida,

inevitável corrente que vai se transformando.

 

Bem mais lento do que isoladas mudanças individuais,

a massa humana move-se em invisíveis consolidações,

mas aprimora-se ao tempo dos passos processuais.

 

Tudo tem começo, meio e fim,

há vários processos em andamento

outros estão chegando ao fim.

 

Agora é o sistema que está se esgotando,

jovens exaustos com os atuais modelos para viver,

tudo parece esperar algo novo a ser apresentado.

 

Talvez a Pandemia

vá acelerar tendências

e a mudança aconteça em ansiosa rebeldia.

 

A qualidade e conteúdo da mudança

pertence a tendência libertária, confirmando

cada vez mais a falta de perseverança e qualidade.

 

Filósofos e pensadores tendenciosos ou dementes

irão tentar sintetizar os porquês de tudo e apontar seus caminhos,

mas o mundo desconhece os devaneios de tais mentes.

 

É um mundo cada vez mais nivelado

medíocre, simples, popular, pobre,

mais largado,sem classe, desleixado.

 

Todavia mais centralizador,

em Poder, acúmulos e tecnologia manipuladora,

enquanto o povo firma-se como mero seguidor. 

 

Não é mais o mundo do Criador;

a Humanidade não pensa bem, mas pode registrar tudo;

neste tempos caminha mal e com mais dor.

 

2020 tomará parte em 2021e seus meses;

o vírus mostrou a realidade falível, a qualidade das estruturas,

das organizações, dos políticos e a pobreza de cada um deles.

 

Não houve preocupação com o Ser Humano

mas sim com a produção e como o consumidor.

Isto não passou desapercebido; talvez mais um fatal engano.

 

Não perder, este é o lema,

mas mentes pequenas e inflexíveis pouco veem;

talvez vão perder mais: o próprio sistema.

 

Lentamente vai se preparando o estouro da boiada,

hoje atordoada e com medo, mas depois de o medo passar;

talvez uma revolta generalizada?

 

Para muitos 2020 foi um ano perdido?

Para alguns foi uma vitrine,

uma amostra de como temos vivido, seguido; desunidos.

 

Mas todos faremos diferença,

somos diferentes e iguais:

humanos unidos pela esperança e perseverança.

 

Talvez em algum tempo, lugar,

a esquina de mudança seja melhor

com mais luz, compaixão e paz no andar e no pensar.

 

Por enquanto tudo que veremos é puro reflexo

da falta desta tríade

e uma talvez silenciosa comoção em progresso. 

 

Há muito Talvez em andamento,

a História dele contará  em páginas

onde a Humanidade manteve-se em movimento.

 

Odilon Reinhardt.

 

 

Há sinais espalhados em vários cenários de um país de há longo tempo doente; mas a visão pragmática e utilitária de curto prazo de nossas instituições mais competentes não está dirigida para  soluções nacionais, mas a umbigos de seus dirigentes, dominados por egos de orgulho, vaidade e ciúme.

Tudo é um processo de começo, meio e fim. Onde estamos nós? Não é a Pandemia que causou problemas e novos cenários (além de pequenas adaptações no produzir, fazer e consumir), mas os  sinais de doença coletiva que pouco a pouco vão formando imagens tristes de um futuro ainda mais inseguro.

 Um país que não sabe fazer um plano de Educação, esquece que “uma criança só tem 7 anos uma vez, e cada ano perdido significa que o Governo no futuro gastará mais e mais em prisões “ conforme previsto há muito tempo por Darcy Ribeiro.

Nenhum dos graves sinais, quase todos esparsos e alguns invisíveis ao intelecto menos favorecido,  hoje em movimento de aglutinação deixará de ter consequências graves para os anseios democráticos. Sem cidadãos perfeitamente alfabetizados e escolarizados, não haverá liberdade, só dependência e um novo tipo de auto-escravidão.

No combate ao Covid, o analfabetismo e sua filha mais imbecil a alienação já mostram sua força ao ressaltar a impossibilidade de o Governo convencer as massas e a juventude a aceitar medidas de preservação da saúde, aspecto fisiológico mais importante na preservação da vida. Neste caldo ignorante, cresce a semente da desconsideração civil, passo perigoso para o futuro. E quando o assunto não for mais a Pandemia , mas a insatisfação for localizada em outros aspectos da vida, como estará a força dessa  ignorância de manada?

Não tem sido o semianalfabetismo o grande inimigo do Brasil? Não é este o mais perigoso deles todos? Tem feito muitos momentos tristes da vida privada e mais recentemente da coletiva, deixando escancarada a sua cruel realidade durante a Pandemia. A ignorância, a falta de esclarecimento, o não saber processar informações, a falta de critica, a falta de discernimento têm dificultado o trabalho dos governos dos três níveis em implantar e fiscalizar o cumprimento de medidas contra o Covid.  A população, infelizmente, entregue à rotina de satisfazer o mais fisiológico, vive na alienação e enfrenta a exaustão, não sabendo reagir ao seus impulsos egoístas, sendo diariamente levada, não à desobediência civil, mas à desconsideração. Esta implica dar as costas ao Governo, ao mundo formal e suas medidas, leis e multas, constituindo um dos piores sinais que surgem de dentro dos tempos da Pandemia.

Sempre fomos o país onde há leis que não pegam e outras que pegam, o que sempre mostrou a dissintonia entre a Legislação e a aprovação popular. Mas isto agora evoluiu para algo muito mais grave e o dia a dia tem provado que o Governo está perdendo o poder de controlar, fiscalizar e punir o descumprimento da lei. A Tv é desligada, o porta voz do Governo não entra na casa do cidadão, cansado de não entender nada e de um vocabulário inatingível. Revistas e jornais despareceram do interesse mesmo de quem os podem entender.

A população segue seu instinto coletivo. O poder de polícia torna-se rapidamente insuficiente perante os movimentos do povo população, que começa a fazer o que quer e quando quer.  No momento o assunto central é a saúde. Causa curiosidade observar como a tendência desse afastamento e desconsideração, cada vez maiores, vai afrontar outros temas da realidade nacional. Sob a aparente falta de consciência das autoridades e intelectuais de influência, o processo de mudança está em andamento de uma fase para outra, e um dia chegará ao fim. Pelas folhas que têm sido escritas até o momento, não há perspectivas de uma boa sentença.  

 

Odilon Reinhardt. 3.1.2021