O que temos a seguir no futuro mediato.
Até 2/6/22 são: no
Brasil, 31.000.000 casos e 667.000 mortes. No mundo são 531.000.000 casos e 6. 300.000 mortes.
Diante
do Universo.
Depois
disso onde vamos?
Em momentos como tais
é de se entender afinal :
nossa exposição tem eventos
fatais.
Somos corpo, material,
mas em momentos com tais
o que pode restar é o
espiritual.
É algo de maior valor
que prevalece então e nos
comanda,
invisível, dá força, é
sentido como superior.
Expostos, temos um dos
encontros,
entre a força vital e sua
fronteira final;
no passado a vida
venceu tais desencontros.
Em tais momentos
sempre estamos diante do
acaso;
sorte e destino se unem em
tais eventos.
Com facilidade deixamos de
lado
as coisas , o material,
e dependemos do que temos
ou não cultivado.
E assim é que, sem
aviso, num dia qualquer
estamos ali como simples ser , único,
diante do Universo, das
estrelas , da vida para rever.
A força invisível se
manifesta,
vai dar reciprocidade à
atenção que temos dado a ela
e vai nos ajudar a mudar ,
testar.
É a hora da introspecção:
verificar o que temos feito
para o mundo interno e seu
poder de reação.
Salvação , melhor dizendo,
se o evento nos deixa de
peito aberto
para o que estiver no corpo
acontecendo.
Perante a hipótese de o
último portão se abrir,
o que passa na cabeça de
cada um ?
É do foro íntimo e seus
julgamentos.
Se permitido pelo evento em
tais momentos
vamos nos testar perante a
verdade
e obtemos os resultados dos
investimentos.
Agora, não é o Próximo, não
são os outros,
somos nós sozinhos perante
o evento;
como estamos em referência
a passados encontros?
Melhores, moralmente mais fortes?
Piores, sem fé, sem
esperança?
A verdade vai dar novos
nortes.
O certo é que o corpo
melhora, melhoramos;
mais este evento fatal
passou raspando;
aonde vamos?
Ajoelhamos de novo perante
o material?
Ignoramos a ajuda dada
e esquecemos o espiritual?
A seu modo, cada um sentiu
o que lhe ajudou;
que seja honesto e
verdadeiro,
invista mais então no que
lhe salvou.
Se está em bom caminho,
que persista , ali
prossiga,
é consigo mesmo o maior
carinho.
É seguro que sorte e
destino,
fé e esperança, como
forças, vem
de um lugar de maior
refino.
E assim vamos em frente,
até o próximo encontro;
expostos completamente.
Todavia, protegidos
internamente
se continuarmos a investir
no mundo interior,
com curiosidade em entender
a vida ,as pessoas e a mente.
Como cada um estará ,
o que fará de melhor para
si,
ajudará a preencher e dar
qualidade aos dias até lá?
Odilon Reinhardt.
Isolamento.
De onde estou
só vejo o por do sol,
mais um dia passou.
Foi-se mais um dia,
estou na noite,
a Lua passa rumo ao outro
dia.
Noite de silêncio profundo,
paredes de sonhos ,
o celular como porta para o
mundo.
Manhãs de esperança e fé,
energia invisível,
luz da cabeça ao pé.
Lá fora o mundo gira,
sobreviventes vivem,
seguem,
aqui não deixo que a
solidão me fira.
A oportunidade me ensina,
é preciso mesmo saber
preencher-se,
a verdadeira é a vida
interna.
Fiz do por do sol
o nascer do dia
e de cada sonho um
girassol.
Um dia abro a porta,
posso sair , rever o mundo
externo,
estou livre , a vida
importa.
Odilon Reinhardt.
Impressiona,
a simplicidade,
a banalização , a
vulgarização
e toda a criminalidade.
Irrita, o silêncio da
ignorância,
a crença do mero seguidor,
a inocência de toda a
insignificância.
Amedronta e choca a
manipulação,
os efeitos da falta
educativa,
as permissões de momento e
de improvisação.
Nasce a imbecilidade da
inconsequência,
a ilusão da esperança e da
fé,
os efeitos da burrice em
essência.
Assusta a superficialidade
da conveniência,
do critério de oportunidade
sua imbecilidade e
desfaçatez, a falta de ciência.
Gera apreensão o
descompromisso
com o futuro imediato ,
o descaso do deixa-para-lá
e tudo isso.
Chama atenção a cara da
falta de inteligência ,
o ultraje dos pensamentos
de falta de boa
consciência.
Provoca indignação a pressa
de decisões,
a desorientação científica,
a euforia das ações e
reações.
Estranha a cegueira de cada
decisão empurrada,
o fracasso de todos os ’ ismos’
vulnerabilidade da fiel
manada .
Causa fragilidade
o esquecimento rápido ,
o império da instabilidade.
Avilta , o vazio,
a falta de cultura geral, a
falsidade da palavra pública,
e o talento jogado fora e
não revelado.
Espanta a passividade,
corrupção , a falta de
transparência , a cultura do golpe,
a falsa legitimidade.
Cria espanto a violência ,
física, moral, a crueldade,
a grosseira, a intolerância
.
Empobrece o seguir assim,
a falta de perspectiva ,
gerações perdidas no
caminho sem fim.
Gera ultraje, provoca
sensibilidade,
a má-fé, a perversão em
esquemas mil,
“valores” altamente
protegidos contra a honestidade.
Faz chorar
o desperdício de tudo,
da chance de melhorar, de
prosperar.
Mas sempre surpreende
a energia da transmutação,
a Nação não se rende.
Impressiona sua energia de
vida,
todos dias novos fatos e
bons feitos,
há campo suficiente para
melhor ida.
Odilon Reinhardt.
O que temos a seguir no nosso
futuro mediato,
é quase certo que o cidadão médio nunca
elegerá quem efetivamente deseja, porque o modelo de honestidade, seriedade,
retidão etc., que a educação lhe deu dificilmente achará reflexo nos candidatos
que a realidade produziu, os quais, como pessoas já nem são quem gostariam de
ser, senão marionetes dos esquemas que os projetaram e deles cobram resultados
para seus interesses. É o jogo de
representação de interesses. Nada diferente de qualquer país.
Na população, todavia, tal
realidade nunca é aceita, pois a moralidade média quer justiça, paz,
estabilidade, transparência e vida normal melhor. Não encontrando tais itens no noticiário, o
cidadão deixa de participar e de se unir, isola-se, evita o debate.
O crescente “ virar as
costas” par os assuntos políticos do cercadinho, deixa os políticos à vontade com
o passaporte para fazerem o que bem entenderem em esquemas para fortalecer a
possibilidade de reeleição; se pegos, a casa caí, se imprensa assim determinar
de acordo com seu interesse. Neste viés quantos não ficam ilesos? Quantos casos
de corrupção não são divulgados?
A inevitável idealização do
cidadão médio quanto aos modelos de honestidade e justiça, diante da realidade
posta, pode estar levando a ideias mais radicais de como consertar o mundo.
Esgotados, querendo extravazar seu descontentamento, surgem os corregedores de
calçada, os justiceiros de ocasião, que cheios de direitos e convicções mal
pensadas, que recorrem à violência para
impor seu modelo de paz. Um retrocesso para a democracia localizada num
bar, numa rua, numa loja, numa fila qualquer, numa rede social. Já nem se considera que a evolução do modo de
pensar é processo lento e que depende do nível intelectual das pessoas e do
coletivo, o que só acontece ao longo do tempo no desenvolver histórico da
massa. Exige-se e se romantiza uma mudança para já que atinja as geração do
cidadão preocupado. Todavia, nenhuma revolução radical de direita ou esquerda
muda um país e dá resultado sem amassar a democracia do momento.
Hodiernamente face à diversidade
de problemas que afetam o cidadão e sua família, a cabeça do homem médio só
tende a esquentar e soltar a pressão no Próximo por motivos os mais
banais. Fontes de atrito surgem em todo
lugar com ações e reações inusitadas e sempre de crescente violência. Caminha-se para um policial para
cada cidadão?
No quadro atual, impera a
selvageria e a imposição da força bruta, sempre que haja contrariedade a
qualquer plano pessoal, por menor que seja e por mais insignificante que possa
ser. O cidadão está em guerra e o país muito
doente. Com a polarização política, surge mais um motivo social para eventos de
descarga e ataque. Basta uma buzinada no trânsito e já há motivo para conflito.
Se no carro houver alguma frase ou preferência política, tudo convida para uma
agressão mais acirrada.
Basta um toque, um “não”,
mesmo não verbalizado, mas sinalizado, e até a morte se apresenta como
convidada. Se pintar na ocasião algo passional, os resultados podem ser fatais.
Assim, quando a Nação entra em época de definições eleitoreiras, a eleição, em
si, passa a ser uma obrigação, uma mula sem cabeça, um coração sem sangue, um
salto no escuro. Impera o fisiologismo, a brutalidade antidemocrática e o
evento máximo da nacionalidade, passa a ser uma amolação, também uma escusa
para desabafo de frustrações pessoais e coletivas.
O cidadão pode virar as
costas para os meio de comunicação da mídia, mas está de olho no celular, nas
redes sociais e isto já lhe dá suficiente desgaste e estresse para explodir
contra o Próximo em qualquer lugar. Chegaremos à civilização depois da selvageria?
É assim que vemos pessoas
se fecharem em suas posições e curtirem seu estado de permanente insatisfação.
O bruto reage com a força, o sensato se cala e fica até doente.
O fato é que no rol de
consequências do baixo nível de educação formal, cria-se um exército de
fisiológicos amedrontados ou agressivos, vivendo na caturrice e na tendência de
votar no menos pior. Talvez para alguns, votar em quem falar mais alto, alguém
compatível com seu grau de maior ou menor radicalização, inflexibilidade etc.
Em mais uma etapa do tempo de amostragem de poucas boas ideais, prevalecem as preferências
fisiológicas.
O radicalismo, a falta de
flexibilização e a intolerância tornam-se meios mais acomodados de encerrar
qualquer oposição e tentativa de debate.
Em verdade pessoas procuram achar identidade. Agrupam-se em tribos virtuais,
grupos de expressão do fisiologismo tosco e bruto para impor suas ideais e
preferências. Facilmente, os ataques,
protegidos pela capa anônima da covardia, descambam para a demonização de
pessoas e instituições e para a caça à bruxas, queimadas na rejeição e nas
fogueiras do “bullying” e do cancelamento. A grande maioria busca mesmo
identidade, nem que seja falsa e que valha por algum tempo. Quando a crença é
ameaçada e cai, perdem o chão, mas facilmente acham outra .
Se antes os jornais e
revistas, através de artigos e entrevistas, faziam a cabeça dos intelectuais e
pretensos líderes, isto acabou. Agora só há a superficialidade das redes
sociais, algo que combina com o que restou para ler no vazio do geral ou
melhor,talvez, preenchimento indevido com ideologias já defasadas,mas nocivas quando na mente
despreparada.
Há um perceptível
esvaziamento do indivíduo quanto ao conteúdo mais complexo. Há escassez de
debate aprofundado e paciente. Qualquer antagonismo acaba em conflito, até
fatal. O cidadão fica mais reativo,
frustrado. De algum modo deseja prevalecer, ter sucesso em suas ideais,
quer se autoafirmar, ter razão nem que seja
numa fila de “ drive- thru”, no ponto de ônibus, no bar. Todos os
cidadãos queimam por dentro e estão expostos aos eventos diários que os façam
cuspir fogo para alguém. Aumentam as raízes da crescente violência moral e
física, mostrados em exemplos diários pela imprensa em casos de clara
selvageria oficial ou privada.
O cidadão comum é também frequentemente
pego no fogo cruzado entre as forças oponentes. Facilmente, fica tonto ao não
entender nada na troca de fatos cheios de vocabulário de sentido duplo,
escondendo a transparência. Muitas verdadeiras mentiras. Tudo para manter ou
chegar ao Poder. Uma vez empossado, para
o político, tudo fica mais fácil, enobrecido é só repetir o mesmo e ninguém vai
ver nada, se a imprensa não noticiar a parte que a atinge e prejudica.
Apesar de um quadro mutante
e violento, o cidadão, de costas e fechado em suas convicções, tira suas
conclusões e vai votar. Já tem formado a ideia geral do que é o mundo político,
pelo que não é culpa sua pensar o que pensa. Muitos já viram que direita e
esquerda não passa de um teatro de padaria: fazer da mesma farinha a massa para
uma imensidão de formas, todas atrativas pela aparência. Certamente, a
divulgação persistente das exceções vinda do mundo político faz injustiça aos
bons políticos que ficam arredios à poeira das lutas e factoides
divulgados. Talvez assustados como o
mundo para o qual entraram e também frustrados em seus
ideais mais nobres de representar o povo.
Embora o contexto seja
feito de grande negatividade, ainda temos
como Nação a chance histórica de fazer uma grande Pátria; que seja de
construção sustentável; que a sustentabilidade não seja só a da avenida bonita
e iluminada recentemente construída, mas feita de uma vida social onde os
cidadãos, sem raiva, com bom espírito,
passem querendo vencer e ter uma vida firme e estável.
Preocupa no momento que
neste quadro atual, as novas gerações estejam se acomodando com seus líderes e
modelos, alguns obscuros e expostos aos ditames de professores ocultos. O que
hoje for plantado, será colhido. Que descubram todo dia que país é este e
saibam melhorá-lo com a correta adequação dos sistemas. Impressiona no momento a quantidade de
problemas a resolver e o quantidade desistências.
Odilon Reinhardt. 3.6.2020