No lento evoluir.
Até 2/7/22 são: no Brasil, 32.400.000 casos e 672.000 mortes. No mundo são 548.000.000 de casos e 6.340.000 mortes.
Pérfida Camuflagem.
Usando invisível roupagem
segue o vírus no comando do ar,
provocando má aragem.
Por trás de aliados
Como gripe e Srag,
insiste em caminhos improvisados.
Como camuflado agente,
prolonga o medo e a apreensão,
qual o efeito na gente?
A Humanidade está longe dos bons momentos ,
prossegue em conflitos e outras imbecilidades,
e o vírus se farte em seus movimentos.
Covid chama à colação
suas variantes e a dengue , a varíola,
a gripe e toda sua turma de devastação.
Fazem sua convenção,
o objetivo continua a ser o eliminar,
pouco mudou na multidão.
A pérolas da ciência,
vale por 6 meses,
e o mundo segue em deficiência.
A vida segue na desconfiança,
na solidão, na suspeita
e o Próximo é afastado como insegurança.
Em todos os lugares ,os sobreviventes,
com ou sem suas sequelas, sem máscara ,
o que têm agora em suas mentes?
Odilon Reinhardt.
Alienígenas.
Quem é alienígena
aqui neste planeta
onde reina a doença de forma plena?
Por que temos milhares de medicamentos
para sustentar e manter a vida
em seus vários momentos?
Somos os humanos,
os alienígenas aqui
e vivemos em inseguros planos?
Tudo é instável,
imprevisível, mas sabemos do próximo minuto,
tudo foge ao razoável.
Não nos querem neste planeta,
temos que nos impor,
querem nos eliminar de forma completa.
Passamos o tempo questionando :
a vida, a existência, o Próximo, os problemas do ego.
Vivemos em suspensão, sempre perguntando.
Não há estabilidade nem satisfação ;
fazemos teorias para melhor convivência,
gerar paz , amor e aceitação.
Mas o ambiente não nos aceita,
forçamos nossa presença,
procuramos para vida a boa receita.
Por que os vírus, bactérias,pragas etc.
não são os verdadeiros habitantes
deste planeta e nós os invasores , os alienígenas?
Por que há tanta resistência
à presença humana
e aqui tudo incomoda nossa existência ?
E mais, há o humano contra a humano,
permanente conflito físico e emocional, por vezes mortal,
qual é o grande plano?
Odilon Reinhardt.
E segue parte da mídia usando eventos para sensacionalismo, mas criando falsas expectativas de justiça. Sonham alguns do povo com a moral e a preservação dos bons costumes, princípios de valores bons e igualdade, mas reiteradamente, decepcionam-se com o esperado que lhes foi impingido através de fatos, fotos e comentários midiáticos divulgados. Ao final, a Justiça decide ao contrário e sempre diante da realidade do processo judicial frente a lei vigente. A dissintonia entre o que a imprensa gerou e a decisão judicial vai criando na mente da população uma falsa ideia de imoralidade geral, corrupção em tudo. Grande parte da problemática está na concessão de liminares de punho monocrático, que invariavelmente marcam uma certa instabilidade na decisão com revogações e queda na sessão colegiada. Justiça temperamental, impulsiva quebra bastante a imagem do que é para ser estável , confiável e séria.
no geral a mensagem reiterada é negativa e totalitária. Desagrega, desestimula, desmotiva, intranquiliza a população. E é com este clima que dentro em breve, movimentar-se-á o todo diante das propostas pretensamente salvadoras, que possam dar melhor caminho à vida neste local do Universo, por onde, em vias e estradas, a Humanidade de desloca.
É erro crasso, pensar em mudanças de fundo, que alterem os fundamentos da existência, do modo como esta foi moldada e vem se desenvolvendo aqui.
No palco, serão apresentados os salvadores da Pátria, para os atordoados sobreviventes da Pandemia. Trarão os salvadores propostas de soluções imediatas, para costurar os bolsos furados dos cidadãos. Serão mudanças cosméticas; jamais de longo prazo, pouco substanciais e certamente alinhadas aos interesses dos financiadores de campanha. Haverá briga pelo osso. Guerra de dentes afiados. Muito porco magro querendo avançar na gamela das delícias. Movimentos grotescos serão enredados no mundo virtual e dominarão a cena do segundo semestre até a vitória final que só será esquecida com o advento maior da Pátria, a copa do mundo de Futebol, que desta vez terá papel pacificador ao promover o esquecimento geral do que venha a ocorrer antes da eleição. O efeito “pão e circo” nunca foi tão estratégico e patriótico.
Mas antes disso e dando eco ao ditado “quem desejar ver o sol, deve passar pela tormenta”, a Pátria, ou melhor, a mídia debaterá as propostas ao seu modo e dentro de suas tendências. Ao cidadão caberá o debate nos locais em que ganha a vida e se diverte. Os nervos estarão atritados e a motivação política poderá servir para extravazar muitas outras diferenças e encrencas pessoais. Do bar da esquina, do barzinho de meio de quadra às reuniões sociais bem como em outros encontros certamente haverá expressão das características atuais de cidadãos que se encontram mergulhados no fisiologismo, na inflexibilidade, na intolerância, no tosco pragmatismo, na intolerância, na ira social etc. A política bipolar poderá ter custo alto de tratamento das consequências que deixará .
O país responderá ao momento como o que é e fará tudo ao toque da banda de parte da mídia, a qual até o momento não elegeu o seu candidato.
A ópera assumirá os contornos da época. Inovações no cenário serão introduzidas como evolução no processo. Tudo lento, mas perceptível. É o aprendizado da Pátria.
O fato é que os candidatos, como salvadores do país, irão trazer à baila suas propostas de mudanças de curto prazo, as que a população possa entender como lenitivo para a carestia em suas panelas e empregos.
Seja lá como for a sessão teatral, os sistemas permanecerão intocados; ninguém mexerá com as instituições e suas estruturas internas que devoram a receita pública, deixando o mínimo para investimentos. O Leviatã, ainda vivendo como monarquia, custa cada vez mais caro. Assim, problemas de fundo pouco serão tocados, de modo que a centralização, a burocracia, o modo de gestão, as leis ultrapassadas; o comportamento autocrata dos “nobres” empossados e outros tantos concursados, em todos os níveis de poder; a corrupção, a megalomania de muitos, os impérios paralelos do crime, etc. continuarão a orientar a vida. É extensa a lista de defeitos a eliminar, mas só a evolução cultural poderá substituir costumes, hábitos e crenças reinantes. Isto só acontecerá lentamente .
Muitas são as premissas do atraso. Só com o tempo estaremos livres de crenças arraigadas como: ganhar sem trabalhar; usar o Governo como balcão de negócios; agora eu vou me fazer; ver o interesse público como o seu interesse particular institucionalizado para o momento; criar dificuldades para vender facilidades ; o lucro é pecado; só os pobres irão para o céu; o patrão é ladrão; sempre há uma segunda intenção malévola; etc.
Pouco mudará rapidamente. A evolução é ditada pelo movimento lento do entrelaçamento dos interesses da sociedade ao longo do tempo. Num país gigantesco e de divresas realidades e estágios de civilização tudo tende a ser muito mais demorado. Assim, na invisibilidade das poucas mudanças, pouco interessa à população a ideologia, direita/centro/esquerda, filosofias e palavras que não rendam emprego e mais rendimentos no bolso. Qualquer cidadão quer ser rico. O pobre quer luxo. Quem gosta de pobreza é intelectual e estudante universitário, dizia João Trinta.
E a vida segue, agora seu itinerário, mirando eventos decisivos para o pessoal do cercadinho político, que por algum tempo, deixa sua rotina da política pela política, dos cochichos e tramas de corredores, e se dedica a impressionar o eleitor. Todos vestem-se de popular; são doravante homens do povo, para o povo, pelo povo.
Odilon Reinhardt. 3.7.2022