Hora de pensar e agir melhor.
O viciado
estar antenado.
vem
acontecendo com intensidade, por anos,
o dia
inteiro.
Vem pelo
noticiário
do rádio,
TV, celular , jornal
e
atormenta o diário.
O medo é
espalhado,
um
negativismo terrorista,
cada
momento é contaminado.
O cidadão
é perturbado
por multi
realidades nacionais e mundiais,
que o
tornam amassado.
Espera o
que a TV divulga como sendo geral
chegue a
sua porta para contaminar sua vida particular;
o dia não
é mais seu e é vivido de forma anormal.
Não basta
o estresse e o barulho da cidade,
há este
estrondo a qualquer instante,
criando
mais instabilidade.
Há medo de
ficar de fora; difícil ficar desligado,
de tantos
fatos negativos e inúteis
que
liquidam a vida de modo delicado.
Há um
vício de querer estar ligado
a
esse teatro de generalidades
dessa
mistura de virtual e real inusitado.
O
resultado é a indignação , a agitação;
a mente
congestionada,
a confusão
e depois a banalização.
Dia após
dia a mesmice,
uma
sensação contínua e negativa
de um
mundo doente em crise.
Quase nada
desse ultraje todo
interferiria
diretamente na vida
do cidadão
e seu trajeto.
Mas o
terror, o horror generalista
cria um
mal humor utópico,
um clima
de vida pessimista.
Há uma
destruição da realidade privada
sendo
substituída por uma preocupação geral,
cheia de
inutilidade malvada.
Quem não
aguenta desliga, outros se alienam ,
como
defesa de último recurso;
outros
poucos vem tudo como show e se ligam.
É
necessário ligar-se com discernimento,
sabendo
limpar as notícias
para
captar a essência do movimento.
Mas no
geral a vida da cidade é contaminada
por tanta
diversidade em notícia,
cada um
segue sua vida coma mente massacrada.
A mídia
não cria notícia, mas é perturbadora,
tem sua
missão tóxica,
torturando
cada dia de forma aterradora.
Sensacionalismo,
caça à audiência,
escolhe de
fotos e notícias, palavreado tendencioso.
É a
agressão persistente à inteligência.
Inconsistências,
mensagens truncadas, um festival,
fake news,
manipulações,
o mundo
mostrado de forma mortal.
Certamente
nada disso tem a haver
com as
formas de violência , ansiedade, depressão,
os fatos
maus que não param de crescer!.
Odilon
Reinhardt.
Um
receio.
Respiro o
ar
com certo
medo
não sei
como isto pode ficar
fazendo da
vida um arremedo.
Odilon
Reinhardt.
Esse e
outros vírus matadores,
que pouco
nos irmanam,
que nos
afastam, criando dores.
Geradores
de mais distância,
medo de
respirar,
que nos
perseguem desde a infância.
Unem-se ,a
grupam-se,
repartem-se
em variantes,
caçam a
vida e nunca contentam-se.
Fazem
uniões perversas,
mutantes e
andantes,
todos cada
vez com situações adversas.
A vida
tenta escapar,
mortes são
banalizadas,
a
existência fica seca nesse estar.
A ciência
tenta nos livrar,
o vírus
persiste e se banaliza,
viver é
agora achar ar limpo para respirar.
Entre os
humanos, a única fonte de distinção
aproveitável deveria ser a melhor ideia. Todavia, tal nível parece ainda estar
longe, diante da desigualdade evolutiva das diversas regiões do país e do mundo na procura de soluções para suas
misérias materiais e espirituais. A distinção é e ainda será feita pela
imposição de ideias de alguns, nem sempre há melhores ideias. Ilusório pensar numa igualdade que nunca virá. Portanto, só a
consolidação de instrumentos democráticos pode garantir a construção de
melhores ideais coletivas.
O processo
é lento e sinuoso. Cada terra sempre terá sua
maneira de se enterrar. Ou , então,
ressaltar suas boas ideias para iluminar outras terras. No entanto, sempre haverá rediscussão, adaptações e
substituições, exigindo um processo contínuo de debate, o que irrita a muitos ,
ainda habitando níveis inferiores do processo social .
Muito
acontece e acontecerá no campo dessa desigualdade estrutural da Humanidade : as
diferenças na criatividade. Inevitável e sempre louvável.
Cada terra
tem seus sonhos, mas em todas o bolso e a bolsa do cidadão deve ser preenchida.
A falta de boas ideias neste campo leva
a níveis também diferentes de desigualdade, brutalidade, ambição pelo Poder e
criatividade negativa. Erros e acertos estratégicos continuam a ser defendidos
e implementados. Tudo no aguardo de melhores modelos, sistemas, estímulos para
a prosperidade em novos tempos.
Há a
espera por modelos inteligentes de progresso material e espiritual, que
inspirem cada pessoa, principalmente as
novas gerações, diminuindo a influência dos mestres invisíveis , as ações baseadas
no fisiologismo tosco, bruto , intolerante, inflexível, etc.
Mais uma
vez, escolhidos líderes lutam com palavras, por vezes vazias, prometendo
soluções. Soluções de efeito imediato, portanto, enganosas, embora acessíveis à compreensão do povo, de modo a
fazê-lo votar.
Cada
candidato tenta sobressair, não tem autonomia, está a comando do partido, dos
financiadores de campanha, dos marqueteiros. Suficientes comandos para originar
palavras de efeito, promessas pontuais de mundo novo, de renovação, de paraíso.
Promessas de uma Economia onde 2+2=5 .
Promessas até de 2+2=7 . Discursos de que " eu vou fazer, eu , eu
vou acabar com isso e aquilo" porque "Eu, eu sou do Povo, eu sou o
Povo". Mas depois de eleito a
verdade vem rapidamente em consequencias
parceladas ou não, pois a lei econômica prevalece e é 2+2=4 .
Assim,
cada candidato pensa em propostas para acessar
o eleitor naquilo que esse mais precisa. Mas pensar com o bolso é
perigoso. A questão econômica é complicada e está sob influência da Economia no
mundo. A complexidade é enorme de modo que promessas de 2+2=5 podem fazer com
que a população pense e vote com falsa esperança e fé.
Promessas
salvadoras, ancoradas em consequencias, não vão curar as verdadeiras causas ,
os erros estruturais do passado .
O fato é
que o trono de Gargântua está em disputa. Quem o ocupará? Um trono circundado
por uma estrutura que funciona mais para si e por si ,como nobreza de fome
insaciável. A gula é enorme. Há promessas mentirosas. Quem sentar no trono
devido a tais promessas pode morrer de
bulemia além da megalomania. Isto pode
arrastar o trono e seu entorno para realidades insustentáveis e desconhecidas de grande parte do
eleitorado. Votar com o pensamento em questões circunstanciais desta vez pode
agravar a situação ainda mais no campo econômico.
O mundo
tem mudado com velocidade cada vez maior. A economia mundial está em agitação e
mudança radical. Modelos de destruição
existem na História , repeti-los seria devaneio histórico .
E então,
agora , expostos os candidatos, mais uma vez, tudo se encontra na mão do
cidadão, nesta hora vestido de eleitor, sem deixar a diária função de
consumidor , num mundo que chama-se mercado.
Nos
últimos 3 anos , muito mudou. As redes sociais , a TV , o rádio contribuíram
para maior debate, conscientização democrática . O eleitor está mais jovem ,
mais velho, mas mais consciente quanto a importância de seu voto. Desafia a
esperteza dos marqueteiros.
Embora
cada candidato se apresente ao público
com sua personalidade, por trás está a serviço do partido, dos financiadores de
campanha, dos grupos de interesse, de modo que há toda uma estrutura de
interesses movendo o candidato, que tem saia justa em seu deslocar. Se eleito, se não andar conforme o
planejado ou falar fora do script , será descartado . A História recente conta.
O que está
já determinado para o eleito fazer é inacessível ao eleitor. Passada a eleição,
o que vai importar é a implementação de objetivos dos grupos de retaguarda com
seus interesses no mercado. Para tal objetivo milhares de cargos de
implementação serão preenchidos .
Nesse
sentido é importante considerar que todos nós voltamos no escuro. Nosso voto é
um salto apostando no Bem , mas tendo pela frente a escuridão, já que é
impossível ao eleitor saber quem preencherá os milhares de cargos de decisão e
operação nos Ministérios e milhares de outros cargos a serem ocupados por
decisão do candidato eleito, dos partidos coligados etc. E serão pessoas não
eleitas, alçadas à nobreza com poderes de nomeação. Tudo sem voto algum, de modo que a eleição do
candidato a presidente é uma cena do palco de um teatro onde os bastidores
encerram milhares de outras realidades , sem qualquer participação
popular.
Esses
agraciados com altos salários é que vão decidir sobre a operacionalização de
planos superiores ou sobre os seus, já que o
balcão de negócios é seu. Em geral, a complexidade do governar num país
continental implica na adoção de sistemas e modelos. A busca por melhores ideais
deve implicar a ampla discussão e debate de sistemas. Os atuais candidatos
farão isto? Em meio a cobranças pessoais
sobre o passado e questões menores de momento,
o tempo passa rápido e perde-se mais uma vez a chance de discussão de
pontos estruturais de grande relevância. O que será da Educação, da Saúde, da
Economia? Nada disso, pois impera a miudeza, há a ampliação dos assuntos
menores e fisiológicos, normais aos
corredores da política e seus cercadinhos.
E no meio
de tudo, persiste o perigo do voto cego, apaixonado, fanático e pior, com foco
no bolso. Promessas de uma economia de 2+2=7 ou 9 estão no programa de
candidatos. Malabarismos numéricos nascem e respostas de paraíso ainda são
tentadas como apelo e recurso para captar votos do povo. Vale o marketing, vale
a mentira. Depois a verdade dos 2+2=4 e o pagamento duro e cruel pelo devaneio
. Cuidado com o 2+2= 0 ou talvez 2+2= -7 . Ninguém de sã consciência vai querer
uma Economia no vermelho. Ademais , cabe sempre lembrar que Wiston Churchill
disse que o socialismo é muito bom até que acabe o teu dinheiro.
Engordar o
reino de Gargântua seria um segundo erro. O estado não é produtor nem
empresário; não tem força e índole para administrar riquezas, pelo contrário,
mal sabe administrar, mas tem uma gula insaciável.
Ouvir-se-á
dos vitoriosos : Mas e daí?
Se pegou, pegou! . O que vale é que cole. O candidato está eleito. Colou.
Mesmo que
seja um grande erro estratégico para o futuro vindo de tempos já passados e
reprovados, já ninguém vai se
importar. Importará a Copa do Mundo. E
depois a gente se vira.
É horta de
pensar e agir melhor.