Se Economia de 2+2=9 .
Ao início euforia. Depois a agonia de pagar.
Até 2/11/22 são: no Brasil, 34.800.000 casos e
688.000 mortes. No mundo são 631.000.000 de casos e 6.590.000 mortes.
Terrorista.
Acuado pela ciência,
o vírus mortal
foi sabotado com inteligência.
Esconde-se agora ;
cria emboscadas terroristas;
pega ainda descuidados a toda hora.
Está no ar,
em algum lugar do dia,
espera ainda aleijar , matar.
Se é alienígena ou não,
alia-se a outras doenças,
quer devastação.
Ainda instiga o medo,
prejudica a atividade humana,
a economia não se recupera tão cedo.
O humano , vitimado,
carrega suas sequelas,
o desempenho ficou prejudicado.
O vírus terrorista ,
agora ataca aos poucos,
mantém-se na lista.
O humano quer ter
sua vida anormal de volta ,
mas o terrorista quer vencer.
Mantém todos em
desconfiança,
dúvida, medo, suspeita,
cansaço e desesperança.
Segue ainda o humano tendo-o como refém,
sequelas físicas e sequelas comportamentais,
e a vida rasteja para ir além.
Odilon Reinhardt.
Lá do fundo.
O que seu Zé , lá do fundo da baía
diria sobre a vida agitada da cidade,
pensaria sobre a gente correndo no dia,
sentiria ao sentir tanta complexidade,
perceberia ao ver este tipo de filosofia,
perguntaria sobre o objetivo de tal realidade?
Lá do fundo da baía,
onde o ar parece parar,
o tempo não é medido com
agonia,
a vida pode pausar,
a existência não conhece a desarmonia
e até a morte pode esperar.
O que seu Zé diria
de tanto golpe, fake news, mentira,
de tanta euforia, ansiedade e correria,
de muita confusão de onde nada se retira,
de tanta desarmonia ,
de gente que por nada se atira?
E seu Zé perguntaria
o porquê de tanta dificuldade,
animosidade, adversidade,
maldade, falsidade,
nesta curiosa realidade
cheia de tanta rivalidade.
Lá do fundo da baía ,
seu Zé nem mesmo sonha
com uma vida em tal raia,
nem que na imaginação ponha
todo seu bom senso para o dia
e algo com isso componha.
E o Zé do bar, da Bolsa, da Paulista,
como vive com tudo isto,
com suas pressões sempre à vista?
O estômago arruinado,
pronto para morrer de infarto,
na frente da TV e seu noticiário infestado?
É , refém dessas realidades,
morreu o Zé da cidade, ao começo da noite,
protestando contra a TV e suas meias verdades.
Então, vimos o que vimos e como foi.
Mais uma vez , na etapa de evolução em que se encontra, a população, de todas
as classes sociais, reagiu ao que a imprensa fez e como o fez. Num país onde 8%
dos 10% letrados pode interpretar um texto, impera a imagem e a oralidade. Vale
a palavra, terreno fértil para a imprensa fazer seu carnaval, brincando com imagens e frases. Pouco importa se o que o
candidato, autoridade ou figura pública fala e nunca traduz em ato formal.
Importa que falou e suas palavras são a massa
para todos os confeitos. Vale o oral.
Nesse ambiente, o fisiologismo
prevalecente e a inflexibilidade de pensamento não permitem interpretações
variadas para frases e gestos, os quais seriam
cômicos e inofensivos ao rir mais descontraído. Assim, tudo é levado na ponta
da faca. A imprensa faz a festa, fazendo notícias para suas tendências. Não se
pode brincar com a retórica.
E quando o oral é que vale, importa o
carisma, a aparência, e a retórica que se aproxime do popular e se mostre amiga
e ciente das carências das realidades menos favoráveis. Aí nasce o voto baseado
na palavra, na aparência pessoal aliada a frases de efeito , ilusórias visões
de um futuro a ser alcançado, enquanto desassociado das possibilidades de uma Economia
2+2 =4, mas bem coerentes com o sonho da fé e da esperança.
Tudo favorece o campo florido dos
marqueteiros políticos que trabalham muito bem com a psicologia de massa para
dar promessas de redenção, perdão de dívidas, e uma vida bem melhor numa
utópica terra de Mel e Leite.
Se o voto foi dado a quem prometeu uma
Economia de 2+2+4 ou 2+2=9 , agora o eleitor deve esperar ,como consumidor, pelo que será a realidade que cada uma destas
situações vai trazer.
Se a orientação econômica for de
gastança, o cidadão que tenha muita fé e
esperança para manter o bolso. Este ao início poderá até estufar, mas como o
tempo prevalecerá a lei econômica e erros serão pagos em décadas de muito
sofrer material.
Mas cabe, na evolução social
multiforme a que chegamos , chamar a atenção para algo mais. Apesar de todos os credos e religiões,
cerimônias e adoração, pouco se vê quanto ao controle do ego. Aqui, em massa e
em todas as classes sociais, vale o umbigo, poço de todas as lamentações,
principalmente depois das ações e reações sem qualidade humana.
E mais, o reflexo da nossa realidade
feita ainda de grosseria e intolerância, aparece em muitos níveis. Observe-se e
questione-se que em projetos de obras, políticas públicas, no planejamento de
ações emergenciais de órgãos públicos, empresas públicas e provadas e nos
relacionamentos pessoais, há uma mínima consideração quanto ao elemento humano,
seja como cidadão, seja como consumidor.
Ainda impera o ego descontrolado, o descuido, a falta de atenção, o relaxo a
nível federal, estadual e municipal. Não é de agora nem de ontem, é de séculos.
Independentemente do resultado das
eleições, com base no lastro cultural e evolutivo acima referido, a cultura do
ego continuará; haverá raiva social, luta de classes, o enobrecimento da
grosseria e da mediocridade. Nossos credos e religiões parecem incompetentes
para mudar a cabeça social. A questão de
evolução pessoal é lenta demais. Reina a criminalidade e a barbárie.
A aglomeração de tanta gente ainda nas
escadas da evolução gera amassa que vai agir e reagir tal e qual, quando ficar
visível que qualquer aposta em fantasias e sonhos irreais como a de uma Economia
2+2=9 foi um ato de engano. Passada a
euforia inicial, as ruas vão reclamar e o passado será repetido.
Os fundamento da Economia: Despesa
Pública, Inflação/Juros e Câmbio não permitem brincadeira. Portanto, se
praticada a Economia de 2+2=9, teremos euforia e depois a agonia de pagar. Se
ao contrário, houver cumprimento da
regra 2+2= 4, teremos a agonia do não ter e depois a euforia de poder ter. Seja
lá como for, nunca se poderá desligar o Brasil das tendências da economia
mundial. É a realidade.
Não é de se preocupar por enquanto. Quem
já sabe, sabe o que vai acontecer. Quem
pagou para ver, que veja. Mas ambos
estão no embarque do mesmo barco. Nada será alcançado sem democracia neste
navegar. As consequências de impulsos prepotentes, grosseiros e inflexíveis
atingem a todos desde o café da manhã até a hora de desligar a TV e dormir. E
qual a qualidade do dormir?
O próximo passo é ficar de olho nas
milhares de nomeações para cargos. Tradicionalmente, pessoas serão levadas à
temporária “nobreza” bem remunerada, alguns sem jamais ter vencido nas urnas. E estas pessoas, entre elas muitas
nulidade, é que vão promover a cultura de fazer da vida pública o seu balcão de
negócios; a grande oportunidade da vida. A História conta que essa é a regra
individual ou em conjunto. Sempre que
possível a festa nos cofres. Mas só a imprensa pode cuidar disso.
Todavia, antes da posse, parte da
mídia hipnotizará o povo, que deixando de ser eleitor, passará à categoria de
torcedor. Viva a Copa do Mundo! Fator elementar para o esquecimento de tudo!
Para as novas gerações ficará a lição
de que em eleições essências , não se pode torcer como para um time de futebol
, pensando que depois não haverá consequências
e a vida continuará intocada quanto ao resultado. Haverá reflexos e a cada erro
na Economia, a administração do presente sofrerá e repercutirá no futuro que
está ficando mais difícil.
Odilon Reinhardt. 3.11.2022.