Para realizar um justo sonho, a provável euforia exuberante.
Até 2/12/22 são: no Brasil, 35.300.000 casos e 690.000 mortes. No mundo são 645.000.000 de casos e 6.640.000 mortes.
Ir para a frente.
Terminou ou começou,
abriu ou encerrou?
Falou ou silenciou,
reclamou ou aceitou?
Para uns sim,
para outros não.
Uns pensam assim,
outros pensam no fim.
Alguns acham ,
outros nem falam.
Alguns já esqueceram,
outros nada viram.
Direita ou esquerda;
ida ou volta.
Ninguém pensou
em ir para a frente?
Quem vai ,
quem fica?
Quem vai fica,
quem fica vai?
Onde vão ,
se vão em frente?
Vão é o ir ,
se não souber onde e como ir?.
Ou ir
é um eterno descobrir?
Odilon Reinhardt.
Nova
investida.
Não há sossego,
Covid insiste ,
não há arrego.
Deu pausa ,
o humano se espraiou
respirou por boa causa.
Mas o vírus investe,
quer ainda mais mortos e deficientes,
é resistente.
Agora vem com mais uma subvariante.
Novamente , a ameaça, o medo, a
suspeita,
e as pessoas receiam e ficam distante.
O terrorista vem com guerra
psicológica,
exige máscara, isolamento, distância,
a mesma lógica.
Deixa no ar,
se a vacina ainda vale
e pode funcionar.
Odilon Reinhardt.
Diante de perspectivas de anos de repetição de tentativas anteriores, ninguém está mais contente do que Gargântua e Pantacruel ; os sinais de inchaço prenunciam grandes momentos de fartas ceias no setor do cofre.
Incham os Estados, Prefeituras, a
União no reino de “fartura”. Mudam os
teores de discursos; tudo é direcionado
para justificar a intenção proposta. Faladores na mídia mudam as frases para se
mostrarem concordes. Políticos correm para garantir seus lugares no palco. O
eleitor e até mesmo a mídia mais livre engolem tudo com farofa de pacotes de
validade vencida.
Apesar da boa vontade e da sempre
disposição em “ dar uma chance”, apesar de todos os esforços para endossar e
viabilizar intenções de qualquer governo, é necessário entender que limpar
gavetas em busca de recursos, reajeitar despesas e acreditar em crescimento
futuro, vai acontecer mediante os movimentos de uma realidade advinda de um sistema gerador
globalizado. Será difícil inventar uma verdade que faça 2+2 resultar em 9.
É livre o sonhar, o apostar no futuro,
o delirar em sanear a pobreza e eliminar décadas de problemas causados
pelos governos de vários governos.
Todavia, em Economia não existe “ se colar, colou”, “ vamos ver no que vai
dar”, “vamos tentar” , mormente quando a História já registrou em várias de suas páginas o
precedente temerário nesse assunto. A realidade diversa e arraigada sempre se sobrepõe
a qualquer salvador da pátria.
Veste-se sempre a intenção de bom
objetivo constitucional, registrada na
Constituição da República:
Art. 3º Constituem objetivos
fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma
sociedade livre, justa e solidária;
II
- garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as
desigualdades sociais e regionais;
IV
- promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
Justos objetivos. Quem não os deseja?
Quem não quer ver todos realizados e o
país com progresso, alto PIB, próspero e empregando a juventude. Todavia , há a realidade do bolso. Fé e esperança ajudam, mas atitudes
reais é que vão produzir resultados concretos.
No jogo do perde e ganha da vida,
quais interesses serão contrariados, se no orçamento umas áreas vão ter que
diminuir e outras engordar? Briga de
cachorro grande e o centro de seus interesses passa pelo centro político, que
reúne o grande caldeirão dos negócios presentes e seus objetivos. O centro
sempre foi a medida do país. Ali tem de tudo e ali se dobra o aço e se corta a
manteiga. Todo e qualquer governo se dobra ao centro.
Mas o painel de fundo de todo o teatro
é a qualidade da mão d e obra disponível.
Vontades políticas de momento não escamoteiam as consequências de
inúmeros governos que deixaram a Educação em segundo lugar. Há no presente
ações do dia a dia que refletem bem a falta do investimento em Educação. A sociedade
pouco evoluí sem aula de qualidade e famílias com hábitos de estudo. O trabalhador sem capacidade e saúde atrasa
tudo. O executivo com maus hábitos e vícios toma péssimas decisões. O jovem sem futuro assegurado ou com
possibilidades de crescer na vida esmorece. Ademais, é bom lembrar que há anos
atrás os visíveis efeitos da falta de capacitação da mão de obra passou a ser
um fator limitante da onda de empregos, elevação da renda e prosperidade. E o
que dizer agora com o avanço tecnológico que exige da mão de obra capacidade no
campo da informatização?
As reformas estruturantes de grande
relevância devem ser aquelas que façam a cabeça com modelos de estudo,
prosperidade nacional e progresso pessoal.
Mas para tais reformas que levem à realização dos objetivos constitucionais
acima mencionados, é necessário dispor de cabeças evoluídas ou comprometidas em
evoluir. Quanto da mão de obra nacional
ainda disponível têm condições de recuperação, intelecto e saúde para um
desafio laboral?.
Se persistir a ideia imediatista,
eleitoreira, nada vai mudar. Todo novo governo esmorece logo frente a
brutalidade da vida real . Logo os sonhos, mesmo que delirantes, a esperança na
mudança e no novo ímpeto acabam. O socialismo precisa de recursos, pois gosta
de gastar. Findo o dinheiro, só há carestia e dificuldades. Tudo voltará ao
normal do dia a dia. Fim de festa no cofre.
Ainda outro aspecto relevante é que a ansiedade do mundo de hoje não permite pensar
a longo prazo. A ideia de fazer o bolo para todos poderem comer não é aceita.
Aqui, come-se os ingredientes da receita em separado, por vezes cru e sempre
antes da hora, dá voto. E voto é o que interessa.
Uma certeza há, o dinheiro é sempre o
mesmo, as gavetas são as mesmas, o remanejar entre gavetas é que depende do
regime de governo. Reformas de gavetas, garantindo que algumas sempre recebam
mais do que outras sempre geram discussão e dificuldades. Vende-se a alma para
garantir uma gavetinha meio cheia.
O esforço nacional tem que ser para
que o dinheiro do cofre aumente. Defender gastos humanitários é justo, mas precisa
de mais dinheiro. Pantacruel e Gargântua nunca foram de trabalhar,estão
protegidos em sua posição sempre esfomeada. Quem trabalha é a indústria , o
campo , a mina,o comércio, no entanto , estes são arrombados constantemente
pela vontade gulosa do Poder em todos os níveis.
Mesmo assim ninguém fala em rever os sistemas que
condicionam comportamentos nas tantas instituições. Não se fala em Educação de
qualidade. Nada se fala dos mestres invisíveis que dão suas aulas indiretas e
negativas à juventude, ocupando o espaço
que seria dos bons modelos. Ninguém questiona o reino do gordo, preguiçoso e
incompetente Gargântua e Pantacruel, que come todas as receitas e deixa pouco
para investimento. Ninguém fala da cultura de hábitos atrasados como "
agora eu vou me fazer", o uso do poder público como balcão de negócios
pessoais e partidários, o espírito de tirar vantagem de tudo , etc. Seria a grande mudança , só a volta à
distribuição de dinheiro? Todos já
conhecem os efeitos de tal política dentro do sistema econômico atual.
Um "New Deal", sustentável e
lastreado em trabalho e seriedade, seria a solução? Mas como fazer isto
apartado do sistema econômico mundial. O
Estado mais forte e gordo é a âncora ou o peso morto que atrasa a todos?
Diante dos desarranjos da economia
mundial causados pela Covid, que se juntaram às consequencias do já esperado
problema de excesso de crédito, há a formação de um quadro muito desafiador
para 2023 e os seguintes. Não se pode dizer que é um salto no escuro.
Pela primeira vez corre-se o risco de ver
realidades com regras apocalípticas antes mesmo de um novo governo iniciar. Uma
espécie de passaporte para mais um voo
de galinha?
Odilon Reinhardt. 3.12.2022.