O que incomoda ?
não muda
o dia;
é só um
encantamento.
Em certas
situações
a
fantasia é reprovada;
o
pragmatismo tem suas reações.
Já a
magia tem poder,
altera a
rotina,
pode ser
milagre em seu acontecer.
Mas a
magia pode também ser a fantasia
que se tornou
realidade
e agora
encanta o dia.
Fantasia
ou magia,
quem não
as tem,
para
melhorar o dia?
Quem não
as tem,
vive do
retilíneo cartesiano,
frio e
calculista como refém.
Um dia
poderá precisar decerto
de
fantasia ou de magia
para se
livrar de seu deserto.
Poesia
traz em si fantasia
e
mensagens de magia,
tudo a
favor da harmonia.
O
pragmatismo da atualidade
tem medo
da fantasia e da poesia,
porque
teme pela sua verdade.
O
materialista tem horror à poesia,
pois não
tolera outra verdade;
a
fantasia adora desafiá-lo com rebeldia.
Abstração,
distração, diversão,
só não
tolera outra verdade ;
a
fantasia adora desafiá-lo com rebeldia.
Magia e
fantasia ,
duas
forças que se unem
para
beneficiar pessoas e quem as cria.
No
entanto, o pragmatismo domina,
tem a
força das engrenagens atuais,
e sufoca
a fantasia e a poesia, a todos mina.
Sem
abstração ,
até a
espiritualidade fica sem acesso,
e o ser
humano vira um robot em reação.
No nível
mais comum,
a mera
distração toda formatada,
a
alternativa de cada um.
Consequentemente,
a intelectualidade dobra-se ao nível do dia num país onde ainda se discute, só
para exemplificar, gênero e raça, temas
por mais pacificados em lugares mais adiantados da Humanidade.
A
independência física conquistada em 7 de setembro, sem abalar a estrutura de
grupos de intelectuais da época que, todavia, nas últimas décadas estamos vendo
desparecer a passos de ganso.
Como isto
pode afetar o discernimento, o entendimento, o esclarecimento necessários para
a ação e reação individual e coletiva, não é mais pergunta, é constatação
verídica e está em todos os cantos do dia a dia, onde a questão não é mais
física, mas mental, gerando a violência
moral e física não só na vida individual mas na coletiva.
A vida
bem conduzida, produtiva e bem sucedida enfrenta obstáculos e a ignorância toma
conta dos diálogos descambando para ações e reações que contaminam o bom senso
e dão norte duvidoso para a tomada de decisão. Torna-se comum o erro de
avaliação por parte do cidadão e das autoridades, agindo isoladamente ou em
conselhos e instituições. Soluções
públicas de dar medo.
Pragmáticos
e utilitaristas, enterrados na materialidade podem perguntar: e daí com tudo
isso?
A
compreensão dos vários aspectos da vida privada e pública fica diminuída. Não
há vocabulário, nem escrita nem discernimento para alimentar qualquer diálogo
que se arrisque além da segunda frase. De tal falta de intelecto, surgem erros
recorrentes e reações egoístas com consequente aumento da violência e
diminuição sensível do debate e da democracia. O intelecto prende-se e recua para
terreno básicos do meramente fisiológico de onde tira alimento para os vários
campos da atualidade, inclusive a música, a qual explicitamente está em seus
piores momentos, mas continuará fazendo padrão e modelo. Para baixo qualquer
qualidade de gosto ajuda. Nada se espere
disso tudo que possa representar progresso.
Diante
das pressões do marketing do Ter, as pessoas, face seu nível intelectual e
escolaridade paupérrima, estão privilegiando os grandes jargões como: ganhar
sem fazer nada; ficar rico sem esforço; tirar vantagem de tudo; adotar o
ganhar-ganhar. Afinal, o fulano ficou
rico sem estudar. Como? Aí é outra estória, mas as respostas estão no dia a dia.
Será que vai segurar o dinheiro e posição? Quer apostar, o negócio é
apostar.
Os
reflexos aparecem em formas de doenças sociais. A baixa intelectualidade brinca
com o senso comum, transforma padrões, cria modelos e moda de igual qualidade,
aparecem nas campanhas publicitárias, nas legendas das redes sociais, nos modos
de atrair a atenção com sensacionalismo
obscuro; aparecem no marketing em geral e no campo político que faz com que
grandes cidades revivam seus tempos de vilarejo. Lamentável ocaso. Que Ordem, que Progresso
estamos fazendo sem intelecto elevado?